segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Os deputados e a briga por privilégios , o voto e seu mais o privilégio é todo deles


Na última legislatura, eleita em 2006, dos 242 novos parlamentares que assumiram, 192 disputaram por meio de sorteio um dos gabinetes. Desse total, apenas 81 estavam no Anexo 4.
Celso Maldaner (PMDB-SC) foi um dos que passou pelo sorteio. Neste ano, reeleito, ele já encaminhou um pedido oficial para a Diretoria-Geral para sair do Anexo 3. Com um problema no joelho, o parlamentar reclama de ter de subir e descer as escadas várias vezes por dia até chegar ao gabinete. Outra queixa é o espaço limitado.
A falta de um banheiro privado também incomoda o parlamentar, que usa, assim como os demais, o banheiro instalado no corredor do prédio. “Da outra vez, eu fui para sorteio. Agora que me reelegi, quero poder ter um espaço maior com mais estrutura. Dia desses atendi quase 60 pessoas num dia e não tinha espaço direito nem para receber as pessoas”, reclamou o deputado.
No anexo III, um único banheiro deve atender cerca de 40 gabinetes.No Anexo 3, um único banheiro deve atender cerca
de 40 gabinetes. (Foto: G1)
A deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) foi reeleita e pretende continuar no mesmo gabinete no Anexo 4. Por ser mulher e ter prioridade na escolha dos gabinetes, já no primeiro mandato, que começou em 2007, ela ocupou uma das vagas no prédio.
“Acho importante que tenha prioridade para as mulheres. No caso específico de deputados que têm que ir e voltar o tempo inteiro, o fato de estar perto do elevador evita grandes caminhadas”, disse. “Vou manter [o gabinete]. Não tem necessidade de mudar”, afirmou.
Para se dirigir ao plenário, a deputada diz que usa apenas a passagem subterrânea. “Levo cinco minutos para ir e cinco pra voltar em dias de votações”, contou.
Estreante no Legislativo, o ex-goleiro do Grêmio Danrlei de Deus, deputado eleito pelo PTB-RS, diz que está preparado para passar pelo sorteio. Desde 3 de outubro, Danrlei já foi esteve duas vezes em Brasília. Em uma, fez uma espécie de "passeio" pela Câmara, orientado por funcionários da Casa.
Segundo o deputado eleito, o que mais o preocupa neste momento não é o gabinete que vai ocupar, mas a estrutura da equipe. Cada parlamentar pode ter entre 5 e 25 funcionários, com verba mensal disponível para salários de R$ 60 mil. Todos os detalhes de contratação também estão explicados no manual online disponibilizados aos novos deputados.
“Eu já sei que não adianta brigar por gabinete, que vou ter de passar por sorteio. Então, nem vou me preocupar com isso. Sei que o gabinete não vai ser o melhor, mas tudo bem. O que vier, vou ter de aceitar. O que preciso montar é uma boa equipe de trabalho, com técnicos especializados, pessoas que saibam fazer emendas, projetos, escrevam de forma correta para que o projeto não volte”, afirmou.

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