Há 10 anos, um turista chamado Flávio Freitas, capturou a imagem da fenda na rocha, em março de 2012, e publicou em suas redes sociais: "Essa pedra vai cair"...
Mas ontem (8/1/2022), o cenário das águas, os cânions, a natureza, tudo era muito bonito para trazer a suspeita de uma tragédia...
Os olhos emocionados dos turistas tinham muito a admirar e não iriam prestar atenção à fenda...
Os turistas mais deslumbrados estavam próximos da rocha e esta já cuspia pedras, como se avisasse que iria desabar...
Mas no meio do "paraíso" de Capitólio era pouco provável que a morte iria se arvorar e ser filmada para se transformar num filme real de terror e medo...
Alguns segundos a mais ou a menos poderiam ter salvo aquelas pessoas, mas ninguém, nenhum de nós, sabe o tempo da morte, ela chega em silêncio e rouba o direito de dizer adeus...
Os turistas que foram a Capitólio não sabiam, nem imaginavam, que estariam no exato momento da queda do paredão da rocha...
Se soubessem teriam dado um abraço ou até dito eu te amo... Os parentes que ficaram em casa, se ao menos imaginassem, teriam se reunido para uma despedida, para perdoar, chorar e dizer te amo, pela última vez...
No entanto, a rocha desaba, leva tudo embora, não dá tempo fugir nem voltar. E, quando os que se foram não podem voltar mais, os que ficaram imploram para ter apenas mais um ou dois minutos, nada mais que isso...
Um minuto a mais para que na pressa e no desespero da morte de quem vai fazer tanta falta, pudessem pelo menos dizer: "te amo tanto", "me perdoa" ou "adeus" tudo com os olhos molhados de lágrimas...
Mas de repente a vida desaba, a rocha põe um ponto final trágico e quem nada disse enquanto podia, nada mais pode fazer, a não ser guardar as fotos e as lembranças de quem não pode mais falar nem ouvir...
Texto de Clécio Dias.
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