
Ainda não há data para que os dois pacientes voltem ao Brasil
Foto: Reprodução
Estadão Conteúdo
Os médicos que cuidam da recuperação dos sobreviventes do acidente aéreo da Chapecoense disseram
nesta sexta-feira (9) que pretendem começar a transferir na próxima
semana ao Brasil os dois primeiros pacientes que continuam internados na
Colômbia. O lateral Alan Ruschel e o jornalista Rafael Henzel devem em breve deixar o hospital San Vicente, na cidade de Rionegro, para continuarem o tratamento em Chapecó (SC).
"Estamos organizando a transferência, tem que montar uma grande
logística. Ainda não temos uma data ainda, mas já estudamos aspectos
como a segurança da aeronave, o equipamento, a equipe, o trajeto e o
tempo de voo", afirmou o intensivista do clube, Edson Stakonski. Os
médicos querem transportar os pacientes com segurança, para não correr o
risco do estado de saúde deles piorar.
O objetivo é levar os dois primeiros diretamente para Chapecó. Ambos
ainda precisam de mais cuidados médicos, como é o caso de Henzel, que
terá de se recuperar de uma lesão no pé direito. Ruschel,
que está no quarto há dois dias, apresentou um outro problema clínico.
"Estamos controlando um processo infeccioso urinário, com a bactéria já
identificado. Vamos ficar atentos", disse o diretor médico do hospital,
Ferney Rodriguez.
A junta médica formada por colombianos e brasileiros brincou que
Ruschel e Henzel já precisam de atenção para que não abusem da melhora
da condição médica. Os dois conversam bastante e devem ser transferidos
no mesmo voo, até para facilitar a logística de transporte.
Outros sobreviventes
Os outros dois sobreviventes ainda não tem estimativa de retorno O
zagueiro Neto teve nesta sexta-feira a retirada dos aparelhos de
respiração artificial. "As próximas 48h serão as mais críticas. Vamos
ver se os pulmões suportam. Ele ainda necessita de cuidados intensivos e
de avaliação de hora em hora. Queremos que ele aguente respirar
sozinho", explicou Stankonski.
Neto foi desentubado nesta sexta-feira e conversou com os médicos e a
mulher. O último a ser resgatado do acidente tem uma fratura na
vértebra lombar e continua a ser o paciente que mais inspira cuidados. A
CBF
enviou nesta sexta-feira um equipamento à Colômbia para auxiliar na
recuperação da lesão torácica que sofreu no impacto da aeronave.
Já o goleiro Follmann, que teve parte da perna direita amputada em
dois procedimentos, continua sob acompanhamento constante. "Será
necessário passar por um procedimento de limpeza e aplicação do
curativo, para evitar o processo infeccioso", contou Stakonski. O
jogador tem uma fratura na vértebra e quando for transferido ao Brasil,
virá para São Paulo.






















Policiais
e bombeiros militares realizam, nesta sexta-feira (9), uma assembleia
na área da praça do Derby – no bairro de mesmo nome, na região Central
do Recife. Durante o ato, ainda na concentração, policiais militares
prenderam administrativamente o presidente e vice-presidente Associação
de Cabos e Soldados de Pernambuco (ACS-PE), Albérisson Carlos e Nadelson
Leite, respectivamente.
A
prisão aconteceu quando Albérisson discursava, no carro de som
utilizado no movimento. Agentes do Quartel do Derby fizeram a prisão e
os policiais que estavam no ato reagiram com gritos contra a detenção.
Participam a Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados Policiais e
Bombeiros Militares (ACS), Associação de Praças dos Policiais e
Bombeiros Militares de Pernambuco (Aspra-PE), Associação de Bombeiros
Militares de Pernambuco (ABM-PE) e Associação dos Militares Estaduais
(AME).
“Esse
posicionamento da Justiça é compreensível e aceitável, mas pode ser
contestado. O Governo do Estado não deveria dar essa condução porque
isso é muito ruim para o estado democrático de direito. Albérisson foi
preso sem nem ter deliberado greve”, comentou o deputado Joel da Harpa,
presente no ato. “Os policiais e bombeiros militares estão aqui
desarmados e em um movimento reivindicatório. De uma forma arbitrária,
parecendo que estamos de volta à ditadura militar, o companheiro foi
preso.”