Depois de receber informações de que pessoas estavam usando os caixas eletrônicos do Banco do Brasil de Taquaritinga do Norte para realizar saques de contas de aposentados, induzindo os idosos a contrair empréstimos consignados e inclusive cobrando valores pelo serviço, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou ao gerente-geral da agência que determine a imediata retirada de todas as pessoas estranhas ao quadro funcional do Banco do Brasil que estejam realizando essas ações. Os responsáveis pelas práticas ilegais devem ser denunciados à Delegacia de Polícia e ao MPPE para que sejam tomadas as medidas cabíveis.
Além de retirar da agência as pessoas estranhas ao quadro funcional, o gerente deve designar funcionários do quadro ou contratados para auxiliar as pessoas idosas ou que tenham dificuldades para operar os caixas eletrônicos. O banco também deve promover campanha de conscientização para os usuários, a fim de informar aos clientes que não possuem familiaridade com o uso dos caixas eletrônicos que peçam ajuda apenas às pessoas indicadas pela agência.
Segundo explicou o promotor de Justiça Iron Miranda, os fatos foram noticiados ao Centro Integrado de Atenção e Prevenção à Violência contra a Pessoa Idosa, do Governo do Estado, que encaminhou a notícia ao representante do Ministério Público.
“As declarações colhidas e registradas em procedimento em curso nesta Promotoria de Justiça, bem como diligência pessoal realizada na agência do Banco do Brasil, confirmaram as práticas nefastas mencionadas e a identificação dos agentes responsáveis”, apontou o promotor de Justiça no texto da recomendação.
Iron Miranda lembrou ainda que as condutas praticadas pelas pessoas que se apropriam do dinheiro dos aposentados são penalizadas com pena de um a quatro anos de reclusão, segundo o Estatuto do Idoso. Nesse caso, se houver omissão do banco ele pode ser responsabilizado civil e até criminalmente por não ter reprimido tais práticas.
O gerente-geral do Banco do Brasil de Taquaritinga do Norte tem dez dias para informar ao MPPE se acata ou não as ações recomendadas.
Por Paulo Pereira | PE mais
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