quarta-feira, 29 de abril de 2015

PSB define fusão com o PPS em reunião da Executiva nacional

Líderes do partido encontram-se hoje em Brasília para resolver se leva adiante incorporação com o PPS. Fusão tornará o bloco a 4ª maior bancada do Congresso

Para presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, união irá fortalecer o grupo político / Foto: PSB/Divulgação

Para presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, união irá fortalecer o grupo político

Foto: PSB/Divulgação

A Executiva nacional do PSB reúne-se na manhã desta quarta-feira (29) em Brasília para discutir a fusão do partido com o PPS. A reunião foi convocada de maneira extraordinária e terá como único ponto de discussão a anexação da legenda. Dentro do PSB, não há muita resistência à fusão com o PPS, que já aprovou a medida. Nem o governador Paulo Câmara nem o prefeito do Recife, Geraldo Julio, vice-presidente e secretário-executivo da sigla, respectivamente, participarão da reunião, pois cumprem agenda na capital pernambucana.
Cogitava-se que a união das duas siglas teria sido amarrada pelo ex-governador Eduardo Campos, falecido em agosto do ano passado. Mas, de acordo com o presidente do PSB, Carlos Siqueira, não havia nenhum pré-acordo definido. “Resolvemos convocar a Executiva. Se os membros estiverem de acordo, levamos o assunto adiante”, afirmou Siqueira. As discussões ocorriam entre os membros informalmente. Pelo PSB, entre os nomes que apoiam a fusão estão do vice-governador de São Paulo, Márcio França, o ex-deputado federal e candidato a vice na chapa com Marina Silva, Beto Albuquerque (RS), o deputado federal Júlio Delgado (MG), além de Paulo Câmara e Geraldo Julio.
Também foram chamados para reunião o líder da bancada da Câmara, Fernando Bezerra Coelho Filho (PE), e do Senado, João Capiberibe (PA). Ontem, a bancada esteve reunida em Brasília discutindo o assunto. O PSB quer evitar o imbróglio pelo qual passa o PTB, cuja fusão com o DEM foi aprovada pelas Executivas dos partidos, mas não encontra apoio entre os membros da bancada.
Com a fusão, o novo partido deverá manter a sigla e o número 40 do PSB. Dessa forma, configura-se mais uma incorporação do PPS. Hoje, o PSB detém a 6ª maior bancada da Câmara e a 4ª do Congresso. O fundo partidário das duas legendas alcançaria R$ 72,33 milhões em 2015, também o quarto maior do País (somando-se os valores do PSB - R$ 54,64 milhões - e do PPS - R$ 17,69 milhões).
Depois da conversa do PSB, o PPS também deverá reunir a sua Executiva para tratar do assunto. O trâmite burocrático a partir de então segue com a realização de uma reunião nacional de cada uma das legendas e, em seguida, um congresso conjunto, formalizando a junção das siglas.
“Será uma espécie de reencontro de duas forças de cunho socialista, que se juntam para um projeto político”, afirmou Carlos Siqueira. “Também teremos um maior peso na Câmara e no Senado”, completou o socialista.
Em entrevista à Agência Estado, o presidente do PPS, Roberto Freire, deputado federal por São Paulo, afirmou que a proposta de fusão já foi aprovada no seu partido e que aguarda um posicionamento do PSB. “Nós já aprovamos essa que seria a junção de duas histórias partidárias. Estamos aguardando a decisão do PSB”, declarou. A fusão é bem vista no PPS, que sai da posição de uma legenda pequena para um grupo representativo.

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