Para não se encontrar com Eduardo Campos no Recife, Dilma arranja uma missa no RJ.
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A presidente Dilma Rousseff cancelou hoje (22.Mar.2013) a visita que faria a São Lourenço da Mata na próxima segunda-feira, dia 25.Mar.2013.
Ela virá apenas a Serra Talhada com o ministro Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional) para inaugurar a primeira etapa da Adutora do Pajeú.
A versão oficial para o cancelamento é que a presidente aceitara convite do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), para participar de uma missa em memória das vítimas das chuvas em Petrópolis.
No entanto, a versão não oficial é outra: a presidente teria ficado chateada com a movimentação política do governador de Pernambuco nos últimos dias (encontros secretos com o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, e com o ex-governador de SP, José Serra) e cancelou não apenas a visita a São Lourenço, mas o almoço na casa do governador, no bairro de Dois Irmãos, que ocorreria na segunda-feira após o evento de Serra Talhada. Por: Inaldo Sampaio.
Se a eleição para presidente da República fosse hoje, a presidente Dilma Rousseff (PT) seria reeleita no primeiro turno.
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É o que mostra pesquisa do Datafolha divulgada hoje no site do UOL e que será divulgada amanhã na edição da “Folha de S. Paulo”.
Em segundo lugar, aparece a ex-senadora Marina Silva (que articula fundar novo partido, a Rede), com 16% das intenções de voto para a eleição que acontecerá em outubro de 2014. Em seguida aparece o senador tucano Aécio Neves (PSDB-MG), com 10%. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) está com 6% das intenções de voto. De acordo com a pesquisa, 6% votariam nulo ou em branco e 3% disseram não saber em que votar.
A pesquisa, realizada nos dias 20 e 21 de março, ouviu 2.653 pessoas. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. De acordo com a pesquisa anterior, realizada em dezembro do ano passado, apenas Dilma e Campos melhoraram a posição. Dilma tinha 54% e agora tem 58%. Já Eduardo Campos tinha 4% e agora tem 6%. Marina e Aécio caíram, mas dentro da margem de erro. Marina tinha 18% e agora tem 16%, enquanto que Aécio tinha 12% e agora tem 10%.
A pesquisa surge num momento em que as pré-candidaturas começam a ser postas na mesa e com articulações de todos os lados se movimentando em busca de apoios, para viabilizar candidaturas. A principal movimentação da semana é a do governador pernambucano, que tenta emplacar a candidatura. Ele esteve reunido na semana passada com o ex-governador paulista José Serra (PSDB), na tentativa de formar palanque em São Paulo. Serra disse que a candidatura de Campos será boa para o país, o que irritou o senador Aécio Neves, virtual candidato do PSDB a presidente.
Ainda na semana passada, Aécio visitou Serra, com o objetivo de aparar arestas. Serra está irritado com o fato de Aécio querer ser também o presidente nacional do PSDB, além de candidato a presidente da República. Ele quer um serrista na chapa encabeçada por Aécio. Esse nome pode ser o do ex-governador Alberto Goldmann. Aécio ofereceu a Serra também a presidência do Instituto Teotônio Vilela, mas o ex-governador não quis. Por isso, a conversa de Serra com Eduardo Campos irritou ainda mais Aécio, que nesta segunda-feira estará em São Paulo para um seminário do PSDB estadual que deverá lançar sua candidatura a presidente. Serra não vai ao evento, alegando viagem para os Estados Unidos, mas o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) devem ir.
Serra acha que a candidatura de Campos pode tirar votos de Dilma e provocar um segundo turno. Ele ameaçou deixar o PSDB mas poucos acreditam nessa possibilidade, sobretudo porque Serra é fundador do PSDB. Ele chegou a receber convite para ir para o PPS de Roberto Freire ou para o PSD, do ex-prefeito Gilberto Kassab, mas a aposta é que ele não deixe o PSDB, apesar de suas divergências com Aécio. Quem mais está gostando do racha no PSDB é a presidente Dilma, que, com o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, só vem crescendo nas pesquisas, apesar de ainda faltar um ano e meio para as eleições do ano que vem.
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