Socialista
de longas datas, além da relação com o ex-governador João Lyra, Luciano
Vasquez já havia atuado na gestão de Eduardo Campos, em 2007
Foto: Reprodução/ NE10
Aline Araújo
O vice-presidente estadual do PSB, Luciano Vasquez
foi exonerado do cargo de diretor de Relações Institucionais de Suape. A
saída do socialista foi publicada no Diário Oficial do Estado deste
sábado (5). A exoneração vem após Vasquéz críticar o PSB, principalmente
pelo partido não ter apoiado a candidatura de Raquel Lyra para
Prefeitura de Caruaru.Na gestão atual do governador Paulo Câmara (PSB), Vasquez era o diretor de Relações Institucionais da Empresa SUAPE – Complexo Industrial Portuário Governador Eraldo Gueiros. A exoneração dele do cargo foi marcada já para esta terça-feira (8), segundo o Diário Oficial. Para o vice-presidente estadual do PSB "a velha política e as suas práticas mais nefastas, como a perseguição, a retaliação e o expurgo estão vivas em Pernambuco". Por meio de nota, o socialista ressaltou a "inexperiência" e a "falta de diálogo" do governo.
Leia na íntegra:
"Com a eleição de Eduardo, em 2006, pensávamos que havíamos vencido a velha política e as suas práticas mais nefastas, como a perseguição, a retaliação e o expurgo, mas estão vivas e ativas em Pernambuco. A inexperiência, o amadorismo, a inércia e a falta de diálogo são as marcas efervescentes desse tempo. Recordo o que falou o ex-governador Miguel Arraes: "estão desmanchando com os pés, aquilo que o povo construiu com as mãos". Estão jogando fora, de forma inconsequente, toda a história e legado de Arraes e Eduardo. Na eleição do segundo turno de Caruaru, fiz o que minha consciência determinava, ter lado! Porém antes, procurei o governador, a deputada Laura Gomes e o companheiro Jorge Gomes que tinham anunciado a neutralidade. Fiz a opção pela coerência histórica e política da Frente Popular, e estava certo. A vitória de Raquel é o resultado do acerto de quem faz política sintonizado com a luta do povo! Quando os governantes e os políticos erram, o povo conserta! Sobre a minha saída, quem tem que falar é o governador. Ele é governador até 31 de dezembro de 2018 e está dentro das prerrogativas dele nomear e exonerar, não é assim? Anteriormente ele já havia pedido os cargos do PSDB e DEM, agora ele pede o cargo do vice-presidente do PSB. Um governante não pode ficar reduzido a imagem de um pedinte de cargos. É um ato pequeno e precário que está em desarmonia com as tradições de bravura e honra de quem já exerceu tão dignificante cargo, de Governador de Pernambuco. A minha torcida e a dos pernambucanos é que o governo trabalhe e se ocupe para vencer a crise econômica e financeira, o desemprego, a falta de investimentos para infraestrutura, a falta de segurança, a crescente onda de violência, o sucateamento da saúde pública, enfim, se preocupe com a melhoria da qualidade de vida do nosso povo."
Apoio a oposição
Luciano Vasquez não só deu apoio, como participou de caminhada com Raquel Lyra, que deixou o PSB após não ter a candidatura apoiada pelo partido, migrando para o PSDB. Vasquez chegou a afirmar que não poderia faltar com a palavra a Raquel, e teceu elogios, afirmando enquanto deputada pelo PSB, Raquel honrou o partido.Na ocasião, João Lyra chegou a propor uma reflexão sobre como seria se Eduardo ou Arraes estivessem vivos, afirmando que eles apoiariam Raquel e a posição de Luciano. “Com a presença de Luciano aqui, façamos uma reflexão: se Eduardo ou Arraes estivessem vivos, eles estariam aqui nesse palanque conosco”, falou.
À época, Raquel Lyra frisou que Luciano era um parceiro e que se sentia honrada de tê-lo em seu palanque, também retomando . “Luciano representa o sonho que Eduardo representou por tanto tempo em nosso estado, com a boa política e a sabedoria de que ninguém faz nada sozinho”, afirmou.
Até a publicação desta matéria, a assessoria do Governo do Estado não respondeu às ligações deste JC.
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