quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Corpo de advogada que denunciou assédio na web é encontrado


Ariadne Wojcik, de 25 anos, fez post denunciando assédio no trabalho.
Corpo da jovem foi encontrado em ponto turístico de Chapada dos Guimarães.

André Souza
Ariadne postou mensagem em rede social denunciando assédio (Foto: Reprodução/Facebook)Ariadne postou mensagem em rede social denunciando assédio (Foto: Reprodução/Facebook)
O corpo da advogada Ariane Wojcik, de 25 anos, foi encontrado  por equipes do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) nesta quarta-feira (9) em um ponto turístico de Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá. A jovem desapareceu após postar a denúncia de um suposto assédio de um professor durante o estágio. Segundo a Polícia Civil, um inquérito deve ser aberto para investigar a causa da morte.
Ariadne foi nomeada na terça-feira (8) para uma vaga no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e tomaria posse nesta quarta-feira (9).
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Segundo a Polícia Civil, um tio da jovem reconheceu o corpo que estava no Mirante, um dos pontos turísticos do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães. Um inquérito policial deve ser aberto para investigar as causas da morte.
De acordo com o delegado Diego Martiminiano, pessoas próximas a jovem devem ser ouvidas nos próximos dias. “O taxista que levou a jovem até o local onde ela foi encontrada deve prestar depoimento, os pais da jovem também vão ser ouvidos”, afirmou.
Em uma rede social, a advogada denunciou um suposto assédio sofrido quando estagiava em um escritório de advocacia em Brasília. No relato, ela conta que um professor passou a presenteá-la e encaminhar mensagens pessoais.
Corpo da advogada foi encontrado em ponto turístico de Chapada dos Guimarães (Foto: Reprodução/Facebook)Corpo da advogada foi encontrado em ponto turístico de Chapada dos Guimarães (Foto: Reprodução/Facebook)
“As coisas ficaram muito estranhas quando ele demonstrava que sabia todos os lugares onde eu ia, sabia o teor das minhas conversas, com quem eu falava, sabia as páginas que eu acessava no meu computador pessoal”, contou. Ainda segundo o relato da jovem, o professor passou a monitorar inclusive o horário em que ela chegava em casa.
No post, a jovem contou que decidiu deixar o emprego e se mudar para Cuiabá, cidade de origem dela. “Eu achava que aqui, em Cuiabá, no emprego novo, na vida nova, eu estaria a salvo da perseguição dele, mas ele nunca desiste, nunca. Eu estou exausta e não tenho mais forças para tentar me desvencilhar das artimanhas dessa mente doentiamente perversa e egocêntrica. Cheguei no fim da linha”, diz outro da mensagem.

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