quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Greve deixa clientes do Detran-PE sem atendimento a partir de hoje


Os motoristas e donos de veículos que precisarem dos serviços do Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE) nos próximos dias devem prestar a atenção. Os servidores do órgão suspenderam as atividades nesta quinta-feira (11). É a segunda greve da categoria em 2016.
De acordo com os trabalhadores, a paralisação afeta o expediente na sede, localizada na Iputinga, na Zona Oeste do Recife, nos shoppings centers e nas circunscrições especiais (Ciretrans) do interior. A greve, por tempo indeterminado, é motivada por divergências sobre os termos da licitação do novo plano de saúde dos trabalhadores que será contrato pelo governo.
Diante da decisão de decretar a greve, tomada em assembleia de servidores na segunda-feira (8), o Detran-PE informa que os motoristas e donos de veículos deverão entrar no site e reagendar  o atendimento. Nos casos de primeiro emplacamento e retirada do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV), o órgão solicita que o cliente entre em contato pelo telefone 3453-1514.
Fila na frente do Detran por causa da greve (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press) 
Fila na frente do Detran
(Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)
O presidente do Sindicato dos Servidores do Detran-PE, Alexandre Bulhões, informou que a paralisação, a princípio, segue até a segunda-feira (15). Nesse dia, a categoria realizará uma assembleia para avaliar as negociações com o governo.
Segundo Bulhões, os trabalhadores querem que o estado reconsidere o termo original da licitação do plano de saúde.  A categoria alega que as mudanças feitas pelo governo foram prejudiciais. "Vamos esperar até o governo aceitar mudar os termos do contrato", afirmou.
Explicação
O Detran-PE informou que o processo de licitação está sendo feito pela Secretaria Estadual de Administração. Em nota, a Secretaria  disse que o aviso de solicitação de cotações para licitação que visa contratar empresa está baseado em Termo de Referência (TR) construído conjuntamente com o Detran-PE, em total conformidade com as exigências da Agência Nacional de Saúde Suplementar ( ANS).
O Termo visa ampliar a competitividade entre as empresas e afastar qualquer possibilidade de direcionamento ou privilégio na concorrência, sem deixar de assegurar o adequado atendimento aos servidores, por hospitais próprios ou credenciados, em todas as regiões de desenvolvimento do Estado.
A secretaria garantiu também  que estão mantidas a mesma relação de contribuição (valor do Estado/desconto do servidor) e as regras de dependência para os atuais servidores do Detran-PE, como demonstração da valorização dos servidores, apesar de todas as adversidades atualmente enfrentadas.
Histórico
O movimento dos servidores foi intensificado na semana passada.  Na quarta-feira (3), ocorreu a primeira mobilização. E os serviços foram suspensos por 24 horas. Na segunda (8), os trabalhadores do Detran-PE realizaram uma assembleia  e só começaram o expediente depois das 11h. Em seguida, houve a decretação da greve.

De acordo com Alexandre Bulhões, desde 2014 os trabalhadores contam com atendimento médico feito por meio de um contrato provisório. E, no momento de assinar o acordo definitivo, o órgão teria sinalizado com alterações prejudiciais à categoria.
Este ano, o governo, segundo Bulhões, se comprometeu com os trabalhadores a dar início ao processo de licitação para contratar o plano de saúde definitivo. O sindicalista diz que o Detran-PE  decidiu mudar alguns termos do futuro contrato.
“Tomamos conhecimento que o novo plano de saúde oferecerá menos serviços do que os previstos no contrato provisório”, afirmou.
Bulhões afirmou que a categoria ficou revoltada com possível alteração. “Corremos o risco de  ter uma redução de oferta de 100 médicos, três hospitais no Grande Recife, cinco unidades no interior e duas emergências 24 horas na capital”, declarou.
Outra greve
Este ano, os trabalhadores do Detran-PE cruzaram os braços por mais de um mês. O movimento começou no dia 3 de março e foi considerado ilegal pela Justiça. Na época, os trabalhadores reivindicavam reajuste salarial e melhoria no tíquete-refeição.

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