terça-feira, 16 de junho de 2015

Empresas descumprem metas de velocidade para a internet, diz Anatel

Norma da própria agência reguladora determina a entrega superior a 95% da velocidade contratada pelo usuário. Essa velocidade, chamada instantânea, é aquela que pode ser verificada no instante da navegação / Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

Norma da própria agência reguladora determina a entrega superior a 95% da velocidade contratada pelo usuário. Essa velocidade, chamada instantânea, é aquela que pode ser verificada no instante da navegação

Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

Se o critério para escolha da operadora de celular for a velocidade da internet, o consumidor só pode tomar essa decisão tranquilamente -e sem fazer muita pesquisa- em sete Estados brasileiros.

Nas outras unidades da federação há ao menos uma empresa descumprindo o padrão mínimo para a velocidade da conexão móvel, aquela usada por smartphones, tablets e modens portáteis.
O resultado faz parte do mais recente estudo da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), que capturou informações do serviço no mês de março deste ano.
O levantamento mostra que um dos piores casos é o de Roraima, onde três das quatro teles que prestam o serviço para a população estão abaixo do patamar de qualidade.
Norma da própria agência reguladora determina a entrega superior a 95% da velocidade contratada pelo usuário. Essa velocidade, chamada instantânea, é aquela que pode ser verificada no instante da navegação.
Apenas uma empresa em São Paulo não cumpre a determinação da Anatel. A companhia é a Algar Telecom, que entrega 93% do contratado pelos usuários. Todas as demais, Claro, Nextel, Oi, Tim e Vivo conseguiram atingir a meta no Estado.
Em Roraima, verificou-se que a entrega não superou 55,5% do contratado pelos clientes atendidos pela TIM, também não passou dos 56,9% para os usuários da Oi e ficou em 93,8% no caso dos clientes Claro. A Vivo foi a única a obedecer o padrão no Estado, entregando 98,41% da velocidade prometida.
No Rio de Janeiro, três de cinco empresas descumprem as normas: Claro, Tim e Vivo. Dentro da margem estão apenas Nextel e Oi.
No Maranhão, Amazonas, Rio Grande do Norte e Santa Catarina metade das empresas também estão fora do limite ideal, duas de quatro que oferecem o serviço.
Já na lista das localidades em que a qualidade é atingida por todas as teles estão: Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco e Sergipe.
MEIO LARGA
A aferição da velocidade entregue pelas companhias do setor começou a ser feita no fim de 2012. Na época, a presidente Dilma Rousseff teria dito ao seu ministro das Comunicações que, no Brasil, a banda era "meio larga".
O objetivo da medida era identificar as deficiências das teles, criar regras novas para o setor e aplicar sanções, em caso de necessidade.
Os descumprimentos passam por analise e procedimentos internos na reguladora, para que cada empresa tenha direito a justificar sua falha. A partir de então, a agência determina qual será a punição e, no caso de multas, qual será o valor.
As medições são feitas em todo país com auxílio de consumidores voluntários. Eles precisam preencher um formulário e para se inscrever como candidatos.
A escolha final é feita por meio de sorteio e os destacados são monitorados por meio de equipamentos de medição. Os dados são automaticamente encaminhados para a Anatel.
OUTRO LADO
Por meio de nota, a Oi informou que está priorizando investimentos em suas redes de telecomunicações com foco na qualidade do serviço em todas as regiões. A empresa esclareceu que nas situações em que as metas não foram alcançadas, os problema foram mapeadas "e estão sendo cuidadosamente analisados e tratados".
A Claro destacou que é a empresa que mais cumpriu as metas estabelecidas e que esse resultado "reforça o compromisso da companhia em oferecer a melhor experiência em internet móvel aos consumidores".
Já a Algar Telecom disse que investe continuamente para garantir a qualidade "promovendo, inclusive, as adequações necessárias para o cumprimento das normas da Anatel, de forma a acompanhar a crescente demanda por tráfego de dados".

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