segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Quatro Jogadores do Vitória são acusados de Estupro

Poucas horas após uma mulher acusar quatro jogadores do Vitória de estupro, no Paraná, o diretor de futebol rubro-negro, Raimundo Queiroz, decidiu falar sobre o assunto. Porta-voz do clube baiano, o cartola concedeu entrevista coletiva em Curitiba, onde o elenco está hospedado, afirmou que não sabe ao certo o que aconteceu e que não foi procurado pela polícia para dar uma versão dos fatos.
Delegação do Vitória deve deixar Curitiba na tarde desta segunda (Foto: Fernando Castro)Delegação do Vitória está em Curitiba, no Paraná
(Foto: Fernando Castro)
- Não temos conhecimento, e o que sabemos é que duas moças estiveram aqui no hotel e se hospedaram em andar diferente do nosso. Hoje cedo foram embora, e uma voltou dizendo que tinha sido violentada aqui no hotel. Não sabemos o que aconteceu, porque elas não sabem o nome [dos jogadores]. Não fomos convocados por policiais, por delegacia para prestar qualquer tipo de esclarecimento – afirmou Queiroz.
Segundo o diretor de futebol do Vitória, a amiga da suposta vítima chegou a declarar que ela estaria tentando se aproveitar da situação.
- Nós não permitimos [mulheres no hotel], colocamos segurança. Eu vi a polícia militar aqui atendendo a mulher, uma dizendo que ela tinha sido violentada e outra dizendo que ela queria tirar proveito da situação. Eu que procurei [a polícia] para ver o que tinha acontecido. Fui na portaria do hotel e eles informaram – pontuou o dirigente.
Queiroz reafirmou que as garotas ficaram em andar diferente da delegação do Vitória e desconversou sobre a acusação de estupro.
- Não fomos convocados para dar qualquer tipo de declaração. Não temos nada a declarar, porque não fomos procurados por ninguém. Eles [os jogadores] ficaram todos no sétimo andar, e elas ficaram, parece, no terceiro. Não podemos falar de um assunto do qual sequer temos conhecimento. É uma afronta as coisas que estão colocando a respeito do Vitória, que não são verdade. Nós sequer fomos procurados. Não tenho o que falar com vocês - disse.
O dirigente declarou ainda que não conversou com os jogadores e não sabe quais atletas estão sendo acusados pela suposta vítima.
- Não conversei com os jogadores sobre isso, não vou sair procurando jogador para perguntar “você fez isso?”. Eu não fui procurado por nada. Não sofremos qualquer tipo de acusação. Estão veiculando uma inverdade e da qual não temos conhecimento. Fiquei sabendo porque estava na recepção – finalizou.
Acusação de estupro
A suposta vítima, de 44 anos, acusa quatro jogadores do Vitória de estupro. Ela alega ter sido obrigada a manter relações sexuais com os atletas em um dos apartamentos do Hotel Bourbon, de Curitiba, onde a equipe estava hospedada. Em depoimento à Polícia Civil, uma amiga da vítima afirmou que não houve crime.
Delegada Marcia Rejane Vieira, da Delegacia da Mulher de Curitiba (Foto: Bibiana Dionísio/ G1 PR)Delegada diz que suposta vítima não foi precisa
sobre os fatos (Foto: Bibiana Dionísio/ G1 PR)
Em entrevista coletiva, a delegada titular da Delegacia da Mulher, Marcia Rejane Vieira, afirmou que a suposta vítima afirma ter sido violentada, mas não foi precisa quanto ao caso.
- Ela não precisa quais os atos sexuais a que ela foi submetida - disse a delegada.
Entre as dúvidas quanto ao relato está o fato de a mulher não saber dizer se três ou quatro pessoas participaram do ato. Ela voltará à polícia para dar continuidade ao depoimento, pois, segundo a delegada, a mulher estava cansada.
- Ela está bastante confusa, o que é compreensível, já que este fato ocorreu agora pela madrugada, pelo fato de não ter dormido, pelo fato de ter estado em uma balada. Tudo isso gera uma confusão, uma exaustão - completou a titular da Delegacia da Mulher.
A vítima fez exames em um hospital para verificar se houve violência sexual, e somente após o resultado - que deve sair entre 10 e 15 dias - a delegada deve decidir se chamará representantes do Vitória para depoimento. Marcia ainda lembra que as oitivas, caso sejam necessárias, não precisam ocorrer em Curitiba.
Ainda segundo a versão da mulher, ela foi até o hotel com uma amiga, que conhecia um jogador do Vitória.
- O que ela diz é que da balada vieram para este quarto cinco pessoas: ela, a amiga e mais três pessoas. Num certo momento, dessas três pessoas, duas (a amiga e um jogador) deixaram o quarto. Foram para outro lugar, e ela teria ficado com esses dois rapazes. Ai vem as divergências porque ela diz que ficou sozinha no quarto e que de repente as pessoas entraram no quarto. Outra hora diz que as pessoas estavam no quarto. Então, a princípio, ela diz que foram três, ou quatro, ou dois - relatou a delegada.

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