domingo, 24 de março de 2013

RELIGIÃO E POLÍTICA



                                                                  Dr. Paulo Lima*

      Lembro quando criança, que, certa vez na casa do meu padrinho de crisma, Padre Renato, na época Pároco de minha cidade Vertentes, disse-me ele que o Diabo tem mais de mil disfarces.  Fiquei sem entender aquela frase  e somente anos depois, já adulto, pude compreender o porque daquela afirmação. Ele quis dizer que o Diabo é o filho incestuoso da política. Sábio homem!
Assim é a política, ou melhor, a maioria dos políticos. São piores do que o Diabo em matéria de disfarces e dissimulações.
Observem vocês que atualmente, o Congresso Nacional se vê às voltas com alguns dos piores “picaretas”, no dizer de LULA, os quais usam a religião para auferir vantagens às custas da fé e da ingenuidade dos brasileiros.
A este respeito um deles, o intitulado “pastor” MARCOS FELICIANO, eleito Deputado Federal, cuja Igreja, por ele criada sob o título “Assembléia de Deus – Catedral do Avivamento”, foi escolhido na semana que passou para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara dos Deputados, não obstante estar sendo processado por crimes de estelionato, racismo e homofobia!
É que o indigitado, além de assacar ofensas públicas contra os homossexuais e os negros, de posse do cartão de crédito de um dos incautos frequentadores de sua Igreja, ficou aborrecido porque o mesmo não forneceu a senha do cartão. O pior é que, sem o menor pudor, expôs o coitado durante o culto, conforme vídeo divulgado pela “FOLHA DE SÃO PAULO”.
Quem quiser assistir é só acessar a internet através do Google. Para tanto basta colocar o nome do elemento, e vão aparecer várias páginas, dentre as quais a que estou me referindo.
O mais grave é que nenhuma providência foi tomada até o presente momento, pelos demais Deputados.
Mas, pergunto eu: o que esperar de um Congresso Nacional que elege RENAN CALHEIROS para presidir o Senado Federal e HENRIQUE EDUARDO ALVES como  Presidente da Câmara dos Deputados?
O que mais vemos atualmente é sujeitos dessa laia usarem a religião paga galgar cargos públicos, tudo em nome de Deus!
Infelizmente, acredito que não falta acontecer mais nada em política. Mas, tratando-se de política, nunca é possível dizer não, em definitivo.
Como já disse em artigos anteriores, não sou santo nem quero ser melhor do que ninguém, porém, também não quero ser chamado de político, com estes adjetivos. Prefiro mil vezes ser chamado de idiota ou ingênuo.
Com efeito, repiso, acredito que a política pode ser exercida por homens de bem, com vergonha na cara e que não precisam usar a religião ou o santo nome de Deus para atingir os seus objetivos.
Um abraço a todos.

*PAULO ROBERTO DE LIMA  é  graduado em Filosofia pela Universidade Católica, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Recife e atualmente exerce o cargo de  Procurador  Federal. 

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