sexta-feira, 11 de março de 2011

Tsunami do Japão

Acompanhei a tragédia que ocorreu pela tv hoje na hora do almoço quando cheguei em casa , logo vi que se tratava de uma catastrofe sem precedentes, e catastrofes matam mais que genocídios, me reuni com colegas de profissão e discutimos sobre o que aconteceu :



Marcos Augusto Lopes Leandro
Geógrafo com Especialização em Gestão Ambiental


Um forte terremoto de 8,9 graus de magnitude atingiu nesta sexta-feira a costa nordeste do Japão, provocando um tsunami de ao menos sete metros em cidades na região norte do país,O tremor danificou o sistema de resfriamento do reator 1 da estação elétrica de Fukushima Daiichi, um dos seis da instalação localizada na cidade de Onahawa, região de Miyagi, a 270 quilômetros a nordeste do Japão. Por causa do problema, o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, emitiu um alerta de emergência nuclear e anunciou um raio de 10 km de isolamento em torno da usina, que está com níveis de radioatividade de mil vezes do normall. Previamente, havia sido ordenada a retirada de milhares de residentes perto do local.trata-se do maior terremoto registrado no Japão, o sétimo maior desde que os abalos começaram a ser listados e o quinto maior desde 1900. O tremor ocorreu às 14h46 do horário local (2h46 de Brasília) e teve epicentro no Oceano Pacífico, a 160 quilômetros da costa. Na quarta-feira, um tremor de 7,3 foi registrado na mesma área. O tremor foi 8 mil vezes mais forte do que o abalo que atingiu Christchurch, na Nova Zelândia, no mês passado.
Além de a costa nordeste ter sofrido vários abalos secundários após o tremor, um forte terremoto aconteceu no centro desse país (na tarde de sexta no nosso horário). O tsunami causado pelo tremor de 8,9 correu através do Oceano Pacífico a uma velocidade de 800 km/h - tão rápido quanto um jato -, antes de chegar ao Filiphinas ,Havaí e à Costa Oeste dos EUA, mas sem registro de grandes danos.
O terremoto pode chegar a América do sul ???
Por:

Sergio Lima
Geógrafo com especialização em mudanças climáticas


Consultando o Centro de Alertas de Tsunami do Pacífico ( que é aberto a qualquer cidadão), que integra a Administração Atmosférica e Oceânica Nacional, dos Estados Unidos, nela divulga um alerta dizendo que a gigantesca onda pode chegar ao Chile, ao Equador, à Colômbia e ao Peru.

O tsunami foi gerado pelo tremor de magnitude 8,8 que eclodiu a 400km da costa do Japão, a uma profundidade de 32 km. A gigantesca onda atingiu o Japão, causando grande destruição. Pelo menos 26 pessoas morreram em consequência do tremor no país.

O alerta emitido pelo centro, o tsunami ameaça ainda países vizinhos ao Japão, como Filipinas, Japão e Rússia, e países das Américas com costas no Oceano Pacífico, como México, El Salvador, Nicarágua, Guatemala, Costa Rica, Panamá e Honduras.

Vários representantes do governo da Rússia nas Ilhas de Sakhalin, no extremo leste do país, promoveram a retirada de cerca de 11 mil moradores na região costeira, antecipando a chegada do tsunami que promoveu destruição no Japão.

Nas Filipinas autoridades ordenaram a evacuação de comunidades na região costeira ao leste do país. No Japão, usinas nucleares e refinarias de petróleo foram fechadas devido a temores que elas poderiam ser atingidas.

De acordo com o boletim do Centro de Alertas de Tsunami do Pacífico, a alta magnitude do tremor e leituras dos níveis do mar indicam que o tsunami pode causar "amplo estrago".

A entidade define um tsunami como uma série de ondas. A primeira onda a atingir uma região não precisa, necessariamente, ser a mais forte. O tamanho da ondas de um tsunami não pode ser previsto e a proporção pode variar significativamente ao longo de uma região costeira devido a efeitos locais.

O intervalo entre uma onda de tsunami e outra pode variar de cinco minutos a uma hora e a ameaça de novas ocorrências pode continuar por várias horas.

A ameaça só é considerada encerrada, quando grandes ondas deixam de ser registradas por um período de duas horas após o horário estimado para a chegada da primeira onda ou para a primeira leva de grandes ondas.


o tsunami vai chegar ao Brasil ????
Por :

Amiltom Coelho
Professor Universitário de Geografía
O tsunami que atingiu a costa nordeste do Japão na madrugada desta sexta-feira também deverá chegar ao Brasil, a exemplo do que aconteceu com a onda criada pelo tremor que abalou a costa da Ilha de Sumatra, na Indonésia, em dezembro de 2004. Mas, como a distância é muito maior e há mais obstáculos no caminho, o fenômeno deverá ser quase imperceptível. Até o início da noite de hoje, nenhum marégrafo da Marinha havia registrado alterações no nível do mar e a expectativa era de que sinais dele só seriam vistos pelo menos 26 horas depois do tremor, isto é, na madrugada deste sábado.
"O fenômeno está atualmente afetando diretamente apenas o Oceano Pacífico, incluindo a margem oeste do continente americano. Por esse motivo, não se espera haver riscos à navegação na costa brasileira, embora exista a possibilidade de que a onda se propague através da comunicação entre os oceanos Pacífico e Atlântico, pelo Canal de Drake. Neste caso, a previsão de chegada dos sinais de presença do tsunami seria após 26 horas da ocorrência registrada no Japão e provavelmente de forma bastante atenuada", informou a Marinha.
Paulo Rosman, professor de engenharia costeira e oceânica da Coppe/UFRJ, explica que tsunamis só são gerados quando há deslocamento vertical do solo do oceano devido ao terremoto, o que aconteceu no caso do tremor no Japão. No epicentro a onda atinge sua maior altura, que cai a medida que ela vai se irradiando. Como a densidade de energia da onda é proporcional ao quadrado de sua altura, ela perde força rapidamente.
- Mas a grande diferença de um tsunami para uma onda comum não é a altura, e sim o comprimento - diz. - É a diferença de ser atropelado por uma bicicleta e por uma locomotiva. Enquanto uma onda na praia tem comprimento de algumas dezenas de metros, a do tsunami tem dezenas de quilômetros. A massa de água em movimento é muito maior, então uma onda de 20 quilômetros que entra dois quilômetros para o interior não é nada, é só uma lambida, mas que carrega tudo que está pela frente como se fossem folhas boiando.
Segundo Rosman, como o Japão está no meridiano oposto do Brasil e no Oceano Pacífico, o efeito do tsunami no país deve ser ínfimo. No caso do terremoto na Indonésia, a costa atlântica brasileira estava mais próxima e o espaço para a onda passar entre a África e a Antártica era mais aberto.
- Assim, o tsunami deve chegar ao Brasil com uma altura muito menor, provavelmente com apenas um centímetro, e ninguém vai notar - estima.

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