domingo, 29 de março de 2015

Disputa silenciosa por 2016 começa na Assembleia Legislativa

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A pouco mais de um ano e meio para as eleições municipais de 2016, os postulantes ainda evitam falar abertamente em candidaturas. Nos bastidores, no entanto, as articulações em torno dos nomes já começaram. Na Assembleia Legislativa de Pernambuco são grandes os rumores de que diversos deputados poderão abrir mão de seus mandatos para pleitear o comando de suas bases eleitorais nos diversos rincões do estado. Cidades como Olinda, Floresta, Arcoverde e o Cabo de Santo Agostinho deverão ter candidatos oriundos da Casa de Joaquim Nabuco. As principais disputas, sem embargo, deverão se concentrar em parlamentares de dois dos principais municípios do interior: Petrolina e Caruaru.
Na capital do São Francisco, o PSB terá que se desdobrar para não correr o risco de criar um racha interno no partido. Dois dos mais jovens deputados da nova legislatura, os socialistas Lucas Ramos e Miguel Coelho aparecem como nomes fortes para a disputa, amparados pelos grupos políticos que representam e pelo papel de destaque que já assumiram nos primeiros meses de mandato. Lucas é filho do ex-deputado e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ranílson Ramos, e foi indicado como um dos vice-líderes do governo na Assembleia. Miguel, por outro lado, descende dos Bezerra Coelho e assumiu a presidência da Comissão de Agricultura, Pecuária e Política Rural da Casa.
Em seu primeiro cargo eletivo, Miguel afirma que, apesar dos rumores de que o grupo de Ranílson quer impedir uma nova postulação dos filhos do senador Fernando Bezerra Coelho, não há qualquer divisão no partido. “Estão querendo fazer essa intriga, mas isso não existe. Minha prioridade é o mandato e esse tema será debatido no tempo certo. Minha relação com Lucas é muito boa. A eleição para a prefeitura de Petrolina não será um projeto pessoal de ninguém, mas um projeto coletivo de toda a Frente Popular”, asseverou.
Além deles, outros dois deputados federais do partido também aparecem como nomes fortes: Gonzaga Patriota e Fernando Filho. O primeiro já deixou claro que pretende concorrer à vaga. “Evoluí de 5 mil votos na minha primeira disputa para 49 mil na última. Em 2012, só não disputei por um pedido pessoal de Eduardo Campos e apoiei Fernando Filho. Acho que qualquer um dos quatro nomes colocados têm condições e, apesar de querer, vou respeitar a decisão do partido”, ponderou Gonzaga Patriota.
O deputado também acredita que o PSB não corre risco de divisão por conta dos interesses de cada um dos grupos. “Ranílson é uma pessoa leve, de trato fácil. As rusgas que haviam eram entre eu e o senador Fernando Bezerra Coelho e elas foram desfeitas com a ajuda de Eduardo Campos. O partido vai debater isso no momento certo e fará a melhor escolha. A oposição também tem nomes importantes como Odacy Amorim, Adalberto Cavalcanti e o próprio prefeito Júlio Lóssio. Então, temos que ter sobriedade e calma para chegar a um consenso”, agregou.

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