sábado, 6 de julho de 2013

A GUERRILHEIRA DO MEGAFONE





                                                                 Dr. Paulo Lima*

      Eita, juventude arretada, esta nossa!
Quando eu mesmo pensava que o Brasil não tomava jeito, eis que os nossos jovens invadem as ruas, dando um grito de basta a toda essa safadeza que tomou contada de nossas instituições e da política de nosso País nos últimos anos.
E, mais uma vez, partiu justamente da garganta de nossos jovens o grito de basta!  
Entretanto, para mim a surpresa maior foi descobrir, por estes dias, que tinha sob o meu teto (meu, no modo de falar, claro) que debaixo dele habitava uma guerrilheira!
Refiro-me a minha “neta torta”, INGÁ MARIA que,  por razões de vaidade pessoal – como se a velhice um dia não fosse chegar – ensinei-a  não me chamar de vovô, mas pelo meu nome de batismo.
Hoje confesso que me arrependo e teria muito orgulho em ser chamado de vovô por uma menina (a gente nunca quer que nossos filhos cresçam) que, aos dezesseis anos tem uma consciência  e uma sabedoria política bem mais sólida do que a cabeça de muitos dinossauros que ainda assombram o nosso cotidiano político!
E foi justamente esta menina, (ela curte música de Chico Buarque e é sua fã de carteirinha -tem até fã-clube – vejam vocês) que, ao lado de tantos outros meninos e meninas está ensinando ao nosso Brasil, que, “juntos podemos fazer mais e melhor!” Eu nem deveria ter usado esta frase. Foi mal. Mas que a frase é bonita, isso é.
Na verdade, quem acordou foram eles. Não nós.
Nós – desculpem incluir vocês, minha meia dúzia de leitores fieis – também precisamos acordar para essa voz estridente e bem-vinda, que sai da garganta de nossa juventude!
Agora sim, acredito  em mudanças, apesar desse Congresso de “picaretas”, nas palavras de LULA, capitaneado pelas figuras nefastas de RENAN e HENRIQUE EDUARDO ALVES, o qual, apesar de já estar com os seus ouvidos doendo ainda teima em resistir a esse grito estridente e tão bem vindo!
Agora estou entendendo, INGÁ MARIA, porque você está usando o megafone nas passeatas. É para que políticos sem-vergonha que ainda teimam em macular, com a sua presença nefasta, às nossas instituições fazendo, no mais das vezes, “ouvidos moucos” ouçam, na marra, os reclamos das ruas. Você tem razão. Somente  um megafone para resolver.  
Megafone neles!
PS. Vou findar sendo processado como subversivo.    E por falar em processo, ainda estou esperando os processos que uma figura nefasta, conhecida em nossa terrinha, disse que entraria contra a minha pessoa.  É que boa parte de vocês sabe que sou de paz, mas não fujo de uma boa briga!
Um abraço a todos.


*PAULO ROBERTO DE LIMA  é  graduado em Filosofia pela Universidade Católica, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Recife e atualmente exerce o cargo de  Procurador  Federal. 

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