sábado, 14 de setembro de 2013

Ator pernambucano vira padre, em Limoeiro…



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Dois palcos e uma mesma missão: levar fé e esperança para as pessoas. Em cima do palco o ator nos proporciona reflexões, esperanças, leva nossa imaginação para outros mundos.

No presbitério o padre (em outras religiões, para os outros líderes, a premissa é a mesma) tem a missão de levar, por assim dizer, os mesmos pensamentos. No entanto, há uma diferença decisiva: no presbitério não existe personagem. “Existe o frio na barriga e a ansiedade.

Mas, diferente dos palcos, que quando a peça termina o personagem só fica na memória e nos registro, o Padre Zé vai viver para sempre”, explica o ator e professor, José Ramos, que se ordenou padre da Diocese de Nazaré, em solenidade realizada ontem, às 19h, na Matriz de Limoeiro.

Com uma longa trajetória nos palcos, na televisão e no cinema, Zé Ramos, 60 anos, começou a repensar a vida. “Tive uma crise dos 40 anos. Comecei a indagar qual era minha função no mundo. Vivia bem, mas me faltava algo. Havia um vazio.”, lembra. E como diz o ditado, depois de algumas tentativas, o bom filho retornou à casa. Há 15 anos Zé retomou os trabalhos cristãos, como ele mesmo diz, resgatou uma vida que foi partida. Nascido em dia de Ramos. Sua mãe sempre quis que ele seguisse a vida religiosa. Todas as manhãs de sexta-feira, Raminho – como sua mãe o chamava – saía de Ribeiro do Mel e andava 10 Km até a Matriz de Limoeiro. “Eu sempre tive vontade de seguir a vida religiosa mas, eram outros tempos, eram necessárias outras revoluções”, explica. O desejo do padre Zé é atender comunidades menores. “Quero conhecer todas as pessoas da paróquia, batizar as crianças e vê-los crescer”, afirma.

Quanto aos palcos, Zé Ramos não pretende abandoná-los mas, selecioná-los de uma forma diferente. “Tenho um compromisso com a fé das pessoas, se o personagem que me for proposto não atrapalhar essa relação, a porta jamais será fechada”. Que assim seja.“Amém!”.

CARREIRA

Algumas das peças, filmes e séries na TV que Zé Ramos participou:

Teatro
– Morte e vida e Severina (1976)
- Auto da Compadecida (1977)
– Pedro Mico (1977)
– Galileu Galilei (1978)
– Chico Rei (1979)
- Muito pelo contrário (1982)
– Paixão de Cristo de Nova Jerusalém (Há 34 anos participa do espetáculo)
– Os fuzis da senhora Carrar (2010)
– O auto do salão do automóvel (2012)

Televisão
– Minissérie Amazônia de Glória Perez (TV Globo, 2007);
– Participação nas novelas A Favorita (2010); Cama de Gato(2011) e Avenida Brasil (2012);
– Minissérie da Rede Globo Amores Roubados (Janeiro de 2014);

Cinema

- O Cangaceiro
- Central do Brasil
- Lula, o Filho do Brasil
- Homem de Ferro e Flor (não concluído)


Diário de Pernambuco

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