O mundo vive atualmente a maior crise humanitária desde 1945, alertou ontem (10) a ONU, que voltou a enfatizar o risco de crise de fome vivido por cerca de 20 milhões de pessoas em quatro países. “Estamos em um momento crítico da história. Já no começo do ano, enfrentamos a maior crise humanitária desde a criação das Nações Unidas”, disse ao Conselho de Segurança secretário de assuntos humanitários da organização, Stephen O’Brien.
A
situação, que já era considerada grave, se soma a uma possível crise de
fome em quatro países — Sudão do Sul Somália, Iêmen e o nordeste da
Nigéria. Já em fevereiro, a ONU avisou que 20 milhões de pessoas já
estão na situação crítica ou correm risco de entrar nela nos próximos
seis meses. A ONU só utiliza o termo crise de fome quando determinada
região apresenta certos níveis de mortalidade, desnutrição e fome,
situações extremas e muito pouco frequentes, com apenas cerca de dez
casos registrados nas últimas três décadas.
“Sem
um esforço global coletivo e coordenado, as pessoas simplesmente
morrerão de fome”, afirmou O’Brien, que informou ao Conselho de
Segurança sobre suas recentes visitas ao Iêmen, ao Sudão do Sul e à
Somália para avaliar a situação humanitária.
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