domingo, 17 de agosto de 2014

Com Marina candidata, PT e PSDB admitem fim da campanha polarizada



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A entrada de Marina Silva na disputa presidencial rompe a lógica de polarização da campanha entre PT e PSDB. Com 19,6 milhões de votos obtidos na eleição presidencial de 2010, quando disputou pelo PV e ficou com quase 20% dos votos válidos, Marina coloca o PSB no páreo por um lugar no segundo turno. Nem PT, nem PSDB, porém, pretendem transformá-la em alvo de ataques durante o primeiro turno, não só na tentativa de manter um bom relacionamento para o segundo turno, mas também para aguardar que diminua a comoção gerada pela morte de Eduardo Campos e possam mensurar o efeito da tragédia na atração de votos para Marina.

Alberto Goldman, vice-presidente do PSDB, afirma que a presença de Marina Silva terá um impacto muito maior da campanha eleitoral do PT do que na campanha do tucano Aécio Neves.

- O Campos (Eduardo Campos) não era parte da disputa real. Ele não tinha mais como subir. Ela (Marina) tem um recall imenso da última eleição e representa bem mais do que o Eduardo o desânimo com a política – disse Goldman, que comparou a imagem de Marina à de Madre Tereza de Calcutá.

Na avaliação de Goldman, Marina Silva vai quebrar a linha de raciocínio das últimas campanhas petistas, que buscavam transformar o embate numa disputa de pobres contra ricos, num embate contra uma suposta elite que representa atraso e retrocesso. – Não tem mais polarização entre PT e PSDB – afirmou. Ele afirmou que o PSDB não deve mudar sua campanha e continuará se colocando como oposição ao PT.

- Nosso inimigo se chama Dilma, Lula e PT. Nossa campanha é contra ele, oferecendo uma alternativa. Irá para o segundo turno quem oferecer a melhor alternativa. Só existe um candidato de situação. Os demais são oposição e, mais do que derrotar o atual governo, é preciso discutir quem é o melhor para governar, quem tem mais experiência e capacidade de montar alianças – afirmou.

Um dos atributos que o PSDB pretende acentuar na campanha de Aécio Neves é a capacidade de aglutinar forças para governar com mais eficiência.

Na avaliação de Goldman, ao contrário do PSDB, que continua a centrar fogo contra o inimigo de sempre, o PT terá de enfrentar uma candidata que já esteve na legenda e saiu por discordar dela e que é crítica em relação ao atual governo. No lugar de ter um único opositor, o PT terá de enfrentar dois.

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