quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Conheça o Candidato de Eduardo Campos ao Governo do Estado


O suspense em torno da indicação da chapa majoritária do PSB para concorrer ao governo do estado deverá terminar a qualquer momento. O governador Eduardo Campos vai anunciar o secretário da Fazenda, Paulo Câmara, o deputado federal Raul Henry (PMDB) e o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho como candidatos a governador, vice e senador, respectivamente. Após uma longa noite de negociação, os socialistas finalizaram as conversas sobre a sucessão estadual. Aliados de Eduardo não descartam que o anúncio seja feito ainda nesta sexta-feira (21).

O último nome a ser fechado na composição da chapa majoritária foi o de Fernando Bezerra Coelho. O ex-ministro pretendia concorrer ao governo do estado e relutava em aceitar disputar o Senado, porque, ao concordar com o convite, estaria automaticamente fechando a porta para concorrer a governador. Bezerra Coelho foi chamado na noite de ontem (19) para uma reunião com socialistas. Deixou o encontro dizendo que daria a resposta hoje (20), depois de analisar qual o papel que desempenhará na campanha.

Caso Bezerra Coelho realmente aceite o convite, acalma o grupo socialista descontente com a condução da escolha dos candidatos. Entre eles, o vice-governador João Lyra Neto e o próprio ex-ministro. Os dois ficaram muito ligados ao longo do processo e reclamavam bastante por não estarem sendo ouvidos sobre a sucessão. O vice-governador, que comandará o estado a partir de abril e poderia ser o candidato natural à reeleição, está magoado. A presença de Bezerra Coelho na chapa majoritária contemplaria os dois aliados, é o que o acredita Eduardo Campos.

Ontem (19), Eduardo Campos afirmou que o candidato seria conhecido até o carnaval. Ele não pretendia anunciar o nome no início deste primeiro semestre, preferia deixar a divulgação da chapa majoritária para depois da Semana Santa, em abril, para “não envelhecer o candidato”. Mas, diante da pressão dos aliados e da divisão interna do PSB, o governador antecipou a decisão.

Paulo Câmara deverá permanecer no governo até o início de abril, prazo máximo para se desincompatibilizar do cargo. Até lá, vai percorrer o estado ao lado de Eduardo, que também deixa o governo em abril, para inaugurar obras e ações do governo, uma maneira de tentar torná-lo conhecido no estado.

Fonte: Diário de Pernambuco.
(Foto: Arthur Mota)

Paulo Câmara o perfil técnico sobressaiu ao político


O perfil técnico do secretário estadual da Fazenda, Paulo Câmara, se sobrepôs aos nomes políticos na corrida à sucessão estadual. Formado em economia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Câmara tem 42 anos e é casado com a juíza Ana Luiza, filha de uma prima do governador e presidenciável Eduardo Campos (PSB). Pós-graduado e mestre em gestão pública, o secretário é um dos idealizadores do Fundo Estadual dos Municípios (FEM), que viabilizou o repasse de R$ 228 milhões a prefeituras de Pernambuco em 2013.
Estreante na política, o economista nunca disputou um cargo público. No entanto, já foi escalado duas vezes pelo governador Eduardo Campos para resolver problemas da gestão. Com a indicação para concorrer à sucessão estadual, Câmara resolve um problema político dentro do PSB.
A escolha de Câmara surge como uma tentativa de repetir a eleição de 2012. Semelhante a Geraldo, responsável pelas reuniões de monitoramento do Pacto pela Vida e considerado uma pessoa extremamente organizada, o secretário da Fazenda já capitaneou as pastas de Administração e Turismo, na primeira gestão de Eduardo Campos, no período em que as pastas enfrentavam dificuldades.
Ele assumiu a gestão com a missão de ‘colocar ordem na casa’. Um dos méritos ao ficar à frente da pasta da Administração, em 2006, foi organizar o calendário de pagamento dos servidores. Depois assumiu a Secretaria de Turismo, no momento em que Silvio Costa Filho se envolveu no esquema dos “shows fantasmas”, quando estava à frente da Empetur.
Nas eleições municipais de 2012, ele foi um dos nomes cotados, mas não chegou a ser exonerado, como aconteceu com os socialistas Tadeu Alencar (Casa Civil), Danilo Cabral (Cidades), Sileno Guedes (Articulação Política) e Geraldo Júlio (na época secretário de Desenvolvimento Econômico).
Considerado um gestor de perfil discreto e eficiente, Paulo Câmara é tido como um técnico competente e profissional empenhado nas lutas do partido.



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