quarta-feira, 16 de maio de 2012

Juiz aceita denúncia contra 3 acusados de canibalismo em PE


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Por: Celso Calheiros do Terra
O juiz da 1ª Vara Criminal de Garanhuns (PE), José Carlos Vasconcelos Filho, aceitou denúncia contra três acusados de canibalismo. Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Pires da Silveira e Bruna Cristina Oliveira da Silva vão responder por dois homicídios, furto qualificado, estelionato, falsidade ideológica, ocultação e vilipêndio (profanação) dos corpos de duas mulheres. A polícia ainda investiga se há outras vítimas do trio.
A denúncia, oferecida pelo promotor Itapuan de Vasconcelos, foi aceita na última sexta-feira. O próximo passo é a citação sobre o processo dos três réus, que estão presos desde abril. Eles terão, a partir dessa data, 10 dias para apresentar defesa prévia. Caso não se manifestem, o juiz deve determinar que a Defensoria Pública assuma o caso. Depois disso, inicia a fase de instrução, na qual o magistrado decide se os réus vão a júri popular.
Pela avaliação do promotor, a defesa do trio deverá alegar a insanidade dos réus, em função das características dos crimes atribuídos a eles. Além de atrair vítimas e matá-las sem possibilidade de defesa, os três são acusados de esquartejar e ingerir partes dos corpos em um suposto ritual de purificação. Eles foram presos em Garanhuns, no agreste pernambucano, mas a polícia investiga crimes semelhantes em Olinda, região metropolitana do Recife, e em Conde, na Grande João Pessoa (PB).
Conforme a acusação, depois de matar Jéssica Camila da Silva Pereira, o grupo passou a criar a filha da vítima, que tem menos de 5 anos, e Bruna assumiu a identidade de Jéssica. A criança testemunhava os crimes e acreditava que Jorge era o seu pai. As informações que embasaram a acusação estão em um livro escrito por Jorge e impresso de modo caseiro. Ele também fez ilustrações e registrou Revelações de um esquizofrênico em cartório.
“Precisamos entender se o Jorge, que é uma pessoa articulada, escreveu e publicou o livro apenas com a intenção de criar uma linha de defesa e escapar do júri”, disse o promotor.

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