quinta-feira, 5 de maio de 2011

De volta aos Aflitos, Waldemar Lemos dribla polêmicas e mira no futuro



Foto: Breno Pires
Quem esperava alguma declaração impactante de Waldemar Lemos na sua apresentação ao Náutico se desapontou.

O novo treinador do Náutico preferiu não comentar as ácidas críticas que sofreu do presidente do Conselho Deliberativo do Náutico e ex-presidente executivo André Campos ("fraco, mercenário e que não ganha nada"). Também não quis explicar a sua saída do comando do clube em 2009, apesar do comentário de que "mentiu e fugiu" — palavras de Campos. Também não confirmou se recebeu algum salário naquela época.
Disse sim que ficou triste por ter saído do clube, como se não fosse a sua vontade. Com seu jeito calmo, explicou que não tem o que falar a respeito disso porque já está tudo conversado com o presidente atual do Náutico, Berillo Júnior, e a diretoria. "Já falei com o presidente, está tudo bem, e não tem por que ficar falando do que passou", disse.
Mas não declarou-se arrependido. "Não tem necessidade de falar isso aqui. Eu só gostaria que a torcida do Náutico não me tivesse como um mercenário, um vagabundo, um ladrão, porque eu não tenho nenhuma entrada em polícia. Gosto do Náutico, vejo o Náutico como um futuro promissor e gostaria de fazer parte disso", disse.
Com o olho na estrada que tem pela frente, garantiu ter uma grande vontade de "dar continuidade a um projeto que infelizmente foi interrompido"  e voltar a valorizar o Náutico no cenário nacional com o acesso à Série A.

E, para isso, ele já apontou aspectos que vão nortear o seu trabalho, como recuperar as cabeças dos jogadores, valorizar quem está no grupo, trabalhar com os jogadores formados na divisão de base — como fez na primeira passagem no Timbu — e também os da região. "Na última oportunidade tivemos a felicidade de estar terminando jogos da Série A com de 4 a 5 jogadores das divisões de base, tendo 13 no total no elenco", lembrou o treinador.

O treinador, que já comandou seu primeiro treino na manhã desta quarta, gostou do primeiro contato com os atletas e elogiou o trabalho que o Náutico tem realizado no ano. "O grupo é muito bom. Não esqueçam o trabalho que vinha sendo feito até aqui", disse.

Admitiu que deverá haver mudanças no plantel, mas com naturalidade, sem pressa, só nos pontos realmente necessários. "Que venha para cá alguém que verdadeiramente acrescente qualidade, sempre dentro das possibilidades do Náutico."
Com relação a um dos temas delicados no clube no momento, a situação do goleiro Glédson, Waldemar defendeu o jogador, com quem já havia trabalhado em 2009. "Todo ser humano é passível de erro."

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