Elas
parecem deliciosas guloseimas. O recheio, porém, pode dar uma “onda”
nada agradável ao organismo, além de sua posse e consumo serem
considerados ilegais. Os riscos da ingestão de doces à base de maconha,
alertam especialistas, vão desde problemas de digestão, descontrole das
funções cerebrais a alucinações. Nas ruas do Recife tem sido cada vez
mais comum a venda de alimentos artesanais, como brownies e brigadeiros,
tendo a droga como ingrediente principal. A comercialização dos
chamados “brisadeiros” ou “brigajah”, feitas ao ar livre, são frequentes
em bares, em portas de casas de show ou qualquer outro local com grande
aglomeração de pessoas. A situação reflete, para a população, a
necessidade de uma fiscalização para coibir a prática.Na
avaliação do mestre em Ciência e Tecnologia de Alimento pela UFRPE e
especialista em gastronomia alternativa, Rodrigo Rossetti, a situação
pode soar como uma brincadeira inocente, mas não é. Ele explicou que, ao
ingerir a maconha, a pessoa expõe o organismo a altos níveis de THC
(tetra-hidrocanabinol), componente da planta responsável por seus
efeitos. “Dependendo do metabolismo, a intoxicação pode durar dias. E
não é só isso. Problemas a longo prazo também podem ocorrer. Comendo ou
fumando, o THC ataca os neurônios. Na fase adulta, eles não se renovam
e, com o passar do tempo, a capacidade de resposta rápida é perdida”,
diz.
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