quinta-feira, 27 de junho de 2013

SAÚDE NO BRASIL : CALAMIDADE


UTI pediátrica de Diadema fecha por falta de médico



Nario Barbosa/DGABC






A UTI (Unidade de Terapia Intensiva) pediátrica do Hospital Municipal de Diadema, única da rede pública da cidade, foi fechada pela Prefeitura no dia 8 por falta de médicos.
Dos 12 profissionais que trabalhavam no local, seis pediram demissão. A unidade dispunha de quatro leitos e atendia mensalmente de 12 a 15 crianças. A opção é o Hospital Estadual de Diadema, com cinco leitos de UTI pediátrica para atender a toda a região.
De janeiro a maio, cerca de 40 médicos pediram exoneração do cargo. Segundo o Sindema (Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema), a causa da evasão, além de estar ligada a questões salariais, envolve principalmente relações de trabalho. Os profissionais estariam insatisfeitos com a gestão do secretário José Augusto da Silva Ramos.
Conforme a Prefeitura, os quatro leitos disponíveis no local tiveram de ser fechados pela dificuldade em admitir médicos. A administração informou que a unidade será ativada assim que forem contratados profissionais. A recomendação é que crianças que necessitarem de internação em UTI sejam atendidas no Hospital Estadual de Diadema.
A dona de casa Marcela Cristina da Silva Arruda, 20 anos e mãe de um menino recém-nascido, acha um absurdo o fechamento da unidade. “A Saúde está péssima em Diadema. Como é que ficam as pessoas que não têm condições de pagar atendimento particular?”.
A auxiliar de coladeira Simone Zeferino, 26, diz não saber o que faria caso o filho precisasse de internação. “O governante deveria se colocar no lugar da gente.”
O Conselho Tutelar de Diadema informou não ter sido avisado sobre o fechamento da unidade. A instituição lamentou a decisão e disse que amanhã os dez conselheiros do município se reunião para discutir o assunto. Informou ainda que tentará diálogo com a Secretaria de Saúde e, caso nenhuma providência seja tomada, o Ministério Público será acionado.
Questionada se a procura por leitos na UTI pediátrica do Hospital Estadual de Diadema aumentou, a Secretaria de Estado da Saúde informou que seria mais tempo para levantar os dados, já que a Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde) atende pacientes dos 645 municípios do Estado.
FALTA DE MÉDICOS

O Sindema afirmou que o descontentamento dos médicos ocorreu por conta de mudanças nos locais de trabalho propostas pela atual gestão. A Prefeitura, por sua vez, negou o remanejamento, e disse ter tentado, sem sucesso, acordo com a categoria. Outra reclamação confirmada pelo sindicato estava relacionada a questões salariais. A administração admitiu não ter plano de carreira, mas garantiu que há proposta de implantação.
Até o momento, 25 médicos foram contratados para suprir as saídas desde o início do ano. Os especialistas que mais estão em falta na cidade são pediatras, intensivistas pediatras, neuropediatras, clínicos gerais, generalistas e cirurgiões. 

Falta de médicos plantonistas fecha enfermaria pediátrica do HC‏

Pacientes da emergência pediátrica do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Pernambuco foram transferidos para outras unidades de saúde nesta segunda-feira (17/06). O motivo é a falta de médicos plantonistas para supervisionar os residentes. Há cerca de 10 anos não existe plantonista no setor e na semana passada os residentes denunciaram à Comissão de Residência Médica (Coreme) do hospital a situação.
Eles deram um  prazo até a última segunda-feira hoje (17/06) para que  a situação fosse revertida. Entretanto, os residentes foram surpreendidos com a notícia que os pacientes da enfermaria pediátrica estavam sendo transferidos para outras unidades de saúde. E que os residentes do setor seriam relocados para outras unidades.
Dos 40 leitos do HC, 24 são da pediatria, e os outros das especialidades de otorrino, ortopedia, cirurgia pediátrica entre outros. Com tantos leitos e demanda de pacientes, os residentes denunciaram que precisam, e estão assegurados pela resolução CNRM Nº4, de um médico capacitado para intercorrências e internamentos.
Quando algumas mães perguntavam porque, elas eram informadas que os residentes não iriam atender durante a noite e o fim de semana e os pacientes teriam que mudar de hospital. Algumas acompanhantes ficaram revoltadas e não sabiam o que fazer. Para a doméstica, Auzeni Maria, que estava com sua filha internada há mais de nove meses no hospital é um absurdo. “To me sentindo como um animal jogado na rua. Ninguém explicou porque tínhamos que sair daqui (HC)”, explicou revoltada. Outro transtorno foi a transferência das crianças, porque o hospital não tem ambulância e os pacientes teriam que esperar veículos e vagas das outras unidades de saúde.  Durante o dia os pacientes foram transferidas para o Hospital Maria Lucinda, Barão de Lucena e Imip.
Ainda nesta segunda-feira, em reunião com os residentes, o secretário de Comunicação do Simepe, Sílvio Rodrigues, sugeriu que fosse feita uma reunião no Conselho de Medicina de Pernambuco (Cremepe) com todos os preceptores sobre esta situação. Além disso, o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) também vai encaminhar um documento para o Ministério Público Federal (MPF) e para a Coreme, pedindo providencias. Em resposta, o Cremepe garantiu que irá mandar uma equipe de fiscalização para o Hospital das Clinicas .











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