quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

UMA CIDADE DE CHARME



                                                                 Dr. Paulo Lima*


O carnaval passou e para muitos o ano começa agora. Os novos prefeitos recém-eleitos que o digam. É que para muitos a ficha não caiu e ainda não desceram do palanque. Por certo estão esperando que a oposição acorde e comece a cobrar aquelas promessas de campanha, que contribuíram com a sua eleição, mas que, a grande maioria delas não tem a mínima possibilidade de serem cumpridas.
Muitos estão esperando o prazo de carência que geralmente é dado aqueles que desbancaram a situação, posto que precisam se familiarizar com os meandros da administração e com as dificuldades decorrentes da carência de recursos. Mas logo, logo, as cobranças vão começar e aí eu quero ver.
É que esta estória de choque de gestão, choque disso, choque daquilo, só funciona nos primeiros cem dias. Passados os mesmos a população vai começar a cobrar e aí não adianta chutar cachorro morto. É preciso que estes senhores, que teimam em não descer do palanque digam a que vieram, pois não vai adiantar continuar botando a culpa no antecessor. Eles terão que mostrar serviço. Aí eu quero ver...
Mudando de assunto, prometi ao meu amigo “MARQUINHOS” que escreveria este artigo e remeteria em primeira mão para ele. Aqui vai.
Não é segredo para ninguém a paixão que tenho pela nossa “Dalia da Serra” a ponto de chamá-la de uma cidade de charme. Infelizmente, a nossa Taquaritinga tem sido desfigurada ao longo destes anos, através da ação devastadora de pessoas que não têm a mínima sensibilidade para com o meio-ambiente, aliada a contribuição da seca, que nestes dois anos ajudou a mudar a feição de nossas matas.
Mas muita coisa ainda pode ser feita. Comecemos pela preservação do que ainda resta de nosso secular casario que tanto embelezava o nosso centro e que hoje se resume a poucas casas.
O poder público bem que precisa tomar providências no sentido de impedir que as poucas casas coloniais que ainda persistem com suas belas sacadas sejam desfiguradas.  Outra providência que pode ser adotada é pela preservação do cinturão verde que ainda nos cerca. É necessário que sejam criadas ações através do Governo do Estado, via Secretaria de Agricultura, no sentido de impedir o desmatamento, incentivando os nossos proprietários rurais a preservar as matas, restaurando as plantações do nosso café, através de financiamentos de novos plantios, com juros zero e carência razoável. Esta sugestão vai para o nosso Deputado DIOGO MORAIS.
Aliado a isto é preciso restaurar o turismo, que nas duas últimas administrações foi relegado a um plano secundário, o que é uma pena, já que a nossa “Dália da Serra” tem um grande potencial turístico, que, reconheçamos, somente foi explorado de forma competente na Administração JÂNIO ARRUDA.
E o turismo é fonte de riqueza que não pode ser  desprezada e por este motivo, repiso, é necessário descer do palanque, tirar as vizeiras e olhar não só para a frente, reconhecendo e dando continuidade aquelas ações  que durante certo tempo colocaram o nome da nossa “Dália da Serra” no calendário turístico do Estado.
A este propósito, que tal restaurar o Circuito de Asa Delta, o Festival do Café e, aos finais de semana, promover novamente “O Domingo na Serra”?   Já seria um grande começo...
Um abraço a todos.

*PAULO ROBERTO DE LIMA  é  graduado em Filosofia pela Universidade Católica, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Recife e atualmente exerce o cargo de  Procurador  Federal. 

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