sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Policiais civis envolvidos em tiroteio são afastados das ruas


Os cinco policiais civis envolvidos em um tiroteio, que terminou com um policial federal morto e outro ferido, foram afastados das ruas pela Secretaria de Defesa Social (SDS). Com isso, eles trabalharão internamente, em cargos administrativos, até o final do inquérito instaurado pela SDS. A decisão anunciada nesta quinta-feira (06) ainda será publicada no Diário Oficial de Pernambuco.

A troca de tiros aconteceu ontem (05) na BR-232, no bairro do Curado. O tiroteio entre as equipes, que estavam sem identificação, resultou na morte do policial federal Jorge Washington Cavalcanti de Albuquerque, 58 anos, estava há 32 anos na Polícia Federal (PF). Seu corpo foi enterrado no final da tarde de hoje no Cemitério Parque da Flores.

O outro policial federal ferido durante o tiroteio foi Sílvio Romero Moury Fernandes dos Santos, 40. Ele foi atingido na barriga, passou por cirurgia no Hospital da Restauração, ontem, e não corre risco de morte.

Os agentes da Polícia Civil e da Polícia Federal realizavam operações diferentes mas que tinham o mesmo alvo: o traficante de drogas Wagner Alves do Nascimento, 24, que está preso. A PF instaurou inquérito para apurar os fatos. O secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, admitiu que houve falhas de comunicação. O tiroteio causou mal-estar entre as corporações.

Antes da troca de tiros, o traficante foi interceptado por agentes federais no TIP, por volta das 10h. Ele chegava de Fortaleza trazendo 17,4kg de pasta base de cocaína numa mochila. Wagner foi preso quando pegava um táxi que o levaria até uma parada de ônibus, no Curado. Era lá que estaria o receptor. Com essas informações, os policiais federais decidiram se dividir.

Enquanto Jorge Washington e Sílvio Romero acompanhavam o traficante no táxi, colegas faziam a escolta num Astra, não-identificado. Ao chegar no ponto combinado, um Gol sem identificação, com três policiais civis, também estava no local. De acordo com o taxista, que foi ouvido como testemunha pela PF, os policiais civis começaram a atirar sem se identificar. Assim como os federais, também queriam fazer o flagrante.

O inquérito que apura a morte do policial e a troca de tiros está sendo presidido pela Polícia Federal. A PF já recebeu as armas utilizadas tanto pelos agentes federais como pelos civis, durante a troca de tiros. Além disso, os peritos da instituição também já receberam as imagens das câmeras de segurança das empresas, que ficam nas imediações de onde ocorreu o crime.

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