domingo, 2 de fevereiro de 2014

Polícia Federal realiza operação contra pedofilia e racismo

Policiais realizam perícia em computadores apreendidos durante operação Net Control / Foto: Divulgação/PF

Policiais realizam perícia em computadores apreendidos durante operação Net Control

Foto: Divulgação/PF

Atualizada às 13h36
O filho do cantor pernambucano Leonardo Sullivan, Renato Menezes de Lima, está sendo investigado pelo crime de racismo na internet. Na manhã deste sábado (1º), a Polícia Federal foi até a casa do suspeito, no bairro do Cordeiro, no Recife, para realizar mandado de busca e apreensão. Sullivan foi entrevistado nessa manhã, na Rádio Jornal, e saiu em defesa do filho. Renato chegou a ser detido, durante a operação, por resistir ao mandado, mas já foi liberado.
Além desse, a PF realizou outros três mandados de busca e apreensão nesta manhã, no bairros de Areias, também no Recife, no município de Gravatá, no Agreste, e São Paulo, no Sudeste. A operação denominada "Net Control" tem a função de reprimir crimes de pedofilia e racismo na internet. Três inquéritos policiais feitos no ano de 2012 no Recife geraram os mandados para proceder investigação sobre a pornografia infantil e racismo. Nos locais de busca foram arrecadados discos rígidos, notebooks, pen drives e mídias de CDs. 
Os responsáveis pela divulgação de pedofilia usaram programas de compartilhamento de arquivos – como o Emule e o Gigatrybe – para trocarem fotos e vídeos contendo cenas de sexo envolvendo crianças e adolescentes. Renato Menezes de Lima, filho de Sullivan, é investigado por racismo, por ter feito comentários ofensivos aos negros no site de uma revista de circulação nacional. 
Os peritos criminais federais realizaram busca nos equipamentos apreendidos, mas não encontraram nenhuma informação relevante à investigação. Contudo, a perícia irá continuar e caso seja detectado algum vídeo, foto ou material pornográfico envolvendo criança e adolescente e racismo, os responsáveis poderão ser indiciados.
PROTESTO - Após a Rádio Jornal apresentar a operação da PF durante o programa Super Manhã, o cantor Leonardo Sullivan telefonou à redação para relatar sua frustração. Ele disse que por volta das 5h, policiais invadiram a casa do filho, provocando pânico. "O meu filho pensou que eram assaltantes, se assustou, não quis abrir a porta. Derrubaram a porta, entraram dando grito dentro de casa. Isso é um absurdo. Eu exijo retratação", declarou o cantor.
Ouça as entrevistas de Leonardo Sullivan e Giovani Santoro à Rádio Jornal:
Visivelmente exaltado, Sullivan responsabilizou o Poder Público pela maneira agressiva com que a PF chegou à casa de Renato Menezes. Além de repudiar a abordagem da polícia, o cantor negou todas as acusações feitas contra o filho dele. "Como ele é racista? A minha mãe era negra, eu sou negro, como é que ele pode ser racista? Isso é uma coisa que não tem cabimento!", desabafou Leonardo. Depois de negar as acusações, ele chegou a taxar a Polícia Federal de "cães de guerra" e considerou que os métodos se assemelhavam aos da ditadura militar.
Giovani Santoro, chefe de comunicação da PF, entrou ao vivo para esclarecer o ocorrido. Ele relatou que o filho demorou entre 10 e 15 minutos para abrir a porta, na operação hoje pela manhã. Os policiais pediram colaboração, mas Renato Menezes não obedeceu. Renato justificou que, como os policiais não estavam caracterizados, os indivíduos poderiam ser assaltantes. "Se houve resistência, nós supomos que havia algum crime ocorrendo na residência e ele estava impedindo a polícia de entrar. Nossa postura foi entrar na casa, até porque o nosso mandado autorizava a nossa atuação", explicou.
O chefe de comunicação contou de quais crimes Renato Menezes estava sendo acusado e explicou a maneira da PF chegar até suspeitos de crimes virtuais. "Nós fizemos de tudo para amenizar a situação. Pelo fato de ele ter resistido, nós tínhamos o direito de algemá-lo, mas não o fizemos. Eu compreendo a atitude de pai dele, mas a Polícia Federal tratou o filho dele com respeito e dignidade", declarou Santoro. Ele esclareceu que Renato nem deveria ser levado para a Superintendência da Polícia Federal, mas que o suspeito já foi liberado.
Apesar da explicação dada pela PF, Sullivan não se contentou e ainda fez declarações repudiando a situação. "Eles ainda vieram com um papo de que tinha droga aqui em casa, isso é um absurdo. Aí ele veio com essa história bonita aí. Vai contar história bonita para o livro Assassinato de Reputações (título que o cantor relatou estar lendo)", disparou, Sullivan.

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