terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Sérgio Guerra tenta amaciar bancada tucana

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O presidente do PSDB em Pernambuco, deputado federal Sérgio Guerra, tentará contornar o mal-estar que se instalou no partido com o anúncio “repentino” da aliança com o PSB, do governador Eduardo Campos, reunindo a bancada tucana na Assembleia Legislativa (Alepe) na semana que vem.
A legenda vinha conversando internamente sobre a coligação, os parlamentares sabiam das costuras com o PSB (e deram suas opiniões), mas acabaram ficando sabendo do anúncio oficial pela imprensa, na semana passada.
Internamente, o ingresso na base socialista é tido como questão resolvida: a maioria apoiou a aliança e respeitará a posição independentemente da minoria.
O desconforto a ser tratado na reunião é a maneira como se deu o anúncio, sem comunicar, no dia, as lideranças, e pelas declarações do presidente estadual, que, em entrevista, classificou como “conversa de babaca” afirmar que o PSDB atuava no campo da oposição no Estado.
“Vamos desfazer qualquer mal entendido e trabalhar a unidade”, resumiu Sérgio Guerra sobre a futura conversa.
A expectativa que fica é como será a atuação dos tucanos independentes.
Em entrevista à rádio JC News nessa segunda-feira, o deputado estadual Daniel Coelho (PSDB), líder da oposição, disse confiar que será mantida a postura de autonomia dentro da sigla, mas não tem clareza sobre como será a atuação na Assembleia Legislativa (Alepe) este ano.
Segundo ele, não há decisão tomada, por exemplo, sobre a continuidade das fiscalizações de obras, serviços e ações do governo do Estado feitas com periodicidade pelo grupo oposicionista - as blitzes, como os parlamentares chamam. Caso sejam retomadas este ano, as visitas serão realizadas com “novo formato”, nas palavras dele, ainda não acertado.
Na Alepe, quatro nomes organizavam as fiscalizações: além do próprio Daniel, Betinho Gomes (PSDB), Terezinha Nunes (PSDB) e Ramos (PMN).
Ainda de acordo com o líder da oposição, a previsão é de que as atividades da Articulação Metropolitana não deixem de ser realizadas, pois a decisão da direção do partido diz respeito apenas ao apoio à gestão do PSB na esfera estadual. Criada pelos deputados Daniel Coelho, Betinho Gomes e Terezinha Nunes, em conjunto com a bancada de oposição na Câmara do Recife, o grupo fiscaliza o funcionamento dos serviços públicos.
Daniel defendeu ainda que a ferramenta "Opositômetro", criada por Betinho Gomes, não seja desativada devido à aliança com os socialistas.
O deputado pretende permanecer na liderança da bancada de oposição, mas poderá deixar o posto caso haja impedimentos legais dentro do regimento da Casa. Neste caso, a função poderá ser assumida por um deputado do PT ou do PTB. O cenário só deve se resolver dentro de 30 dias, quando a Alepe retornar do recesso.

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