segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

INCÊNDIO NO EDIFÍCIO JOELMA


OUTRA GRANDE TRAGÉDIA OCORRIDA NA DÉCADA DE 70, ATÉ A TRAGÉDIA EM SANTA MARIA - RS, ERA A MAIOR POIS 180 PESSOAS MORRERAM.


Em 1971, logo após o término de sua construção, foi alugado como sede do Banco Crefisul de Investimentos, e na manhã de 01 de Fevereiro de 1974, uma sexta-feira que não parecia em nada diferente de tantas outras, um curto-circuito no sistema de ar-condicionado do 12o Andar ocorrido às 08:54 da manhã causou uma labareda que em minutos se espalhou por vários andares, onde divisórias e móveis de madeira serviram como combustível. 





Fotos retiradas do site Geoportal, que mostra fotos comparativas da cidade de 1958 e 2008
Na primeira foto, de 1958, pode-se ver a casa da Rua Santo Antônio, que ainda não tinha sido demolida
Abaixo, a foto de 2008, já com o Edifício Joelma no mesmo lugar

800 funcionários do Banco de Investimentos Crefisul trabalhavam no Joelma


A falta de escadas de incêndio fez com que a única via de saída fossem os elevadores, que pararam depois de algumas viagens, deixando totalmente isoladas centenas de pessoas, que desesperadas subiram para a cobertura do edifício, esperando que os helicópteros de salvamento pudessem resgatá-los, repetindo o que acontecera no grande incêndio do Edifício Andraus, dois anos antes.

Desespero nas tentativas de resgate por helicópteros
Neste momento, mais de 20 pessoas já haviam pulado para a morte

Mas o Joelma não possuía Heliponto, e o calor e entulho na cobertura não permitiram o pouso no teto do edifício. Somente depois de mais de 2 horas as chamas foram controladas, e um dos helicópteros pôde tentar pairar no ar enquanto os resgates eram feitos. Os bombeiros paulistanos, heróicos mas extremamente mal equipados, salvaram muitas vidas.

Cena real do incêndio do Joelma
Problemas sérios de segurança em um prédio com menos de 3 anos

Enquanto o Joelma ardia, dezenas de pessoas desesperadas pelo sufocamento e calor que chegou à quase 100 graus pulavam para a morte, perante milhares de curiosos que acompanhavam todo o incêndio, que foi filmado em seus detalhes mais sórdidos.

Foto tirada pelo hoje famoso fotógrafo Pedro Martinelli
Em 1974, ele morava no Edifício Copan, próximo ao Joelma


O saldo final da tragédia foi de 187 mortos (algumas fontes citam outros números, sempre próximos a 180) e mais de 300 feridos entre as 800 pessoas que estavam no prédio. Uma em cada 4 pessoas que entraram no Joelma naquela sexta-feira nunca mais voltaram para casa.


Milhares de curiosos observaram a tragédias nas ruas do centro da cidade

É no mínimo curioso que duas tragédias terríveis numa "megalópole" como São Paulo tenham ocorrido no mesmo endereço. Depois da tragédia, o Joelma ficou 4 anos fechado para uma reforma completa, e reaberto em 1978, com o nome de Edifício Praça da Bandeira, que até hoje abriga escritórios comerciais. Depois do Joelma, as construções no Brasil passaram a ter regras de segurança bem mais rígidas.

O Joelma, ou melhor, Edifício Praça da Bandeira, em foto do início dos anos 80

Porém, se você conversar com os vigias noturnos, visitantes e entregadores, ouvirá histórias sinistras de gritos, choros e aparições ao longo dos últimos 37 anos.

Edifício Joelma: tragédia ou maldição ?


Dia 05 de Novembro de 1948. Na casa localizada na Rua Santo Antônio, número 104, na região onde hoje fica a Praça da Bandeira, o Professor de Química da Universidade de São Paulo, Paulo Ferreira de Camargo, que lá morava com a mãe e duas irmãs, informava seus amigos que ficaria ausente por alguns dias, pois faria com a família uma viagem para o  Paraná.

Alguns dias depois, Paulo mandou a triste notícia de que a mãe e as duas irmãs haviam falecido em um acidente numa estrada próxima a Curitiba.

Porém, a falta de um funeral, a ausência de informações sobre o acidente, e a relutância de Paulo em informar o local de sepultamento aos familiares começaram a gerar desconfiança sobre a versão do professor.

Quando a polícia foi informada de que ele tinha iniciado a construção de um poço meses antes, sob alegação de que precisava de água não clorada para algumas "experiências", e que fizera algumas perguntas a colegas da Universidade sobre quais os produtos químicos mais adequados para a corrosão de um cadáver, os oficiais perceberam que precisariam fazer uma visita à casa da Rua Santo Antônio.

Quando o poço foi aberto, o que se viu foram as três vítimas jogadas com as cabeças envoltas em sacos. Estava comprovado que Paulo havia armado um plano para livrar-se de sua família sem deixar vestígios. Preso em flagrante, ele pediu para ir ao banheiro antes de ser levado à delegacia, e aproveitando um descuido de sua escolta, suicidou-se dentro de sua própria casa.


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O Poço construído pelo Professor Paulo nos fundos de sua residência


Os corpos da mãe e duas irmãs assassinadas e jogadas no poço


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