quarta-feira, 6 de julho de 2011

Falso médico que atuava no HR é procurado pela PF


                                             
A Polícia Federal procura um falso médico que atendia no Hospital Regional do Agreste, em Caruaru, e em um hospital particular de Olinda, na Região Metropolitana do Recife. Leonardo de Moura Cintra, de 33 anos, é acusado de atuar por dez anos usando o registro profissional de uma médica.
O suspeito cursou parte do curso de Medicina na Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco. De acordo com o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), ele assumiu, em 2001, o cargo de médico cirurgião no Hospital Regional do Agreste. Em 2004, Leonardo de Moura foi promovido a chefe da emergência, função na qual realizou inúmeros procedimentos cirúrgicos.
O exercício ilegal da Medicina apenas foi descoberto por causa de um atestado médico dado a um paciente em que o CRM usado por ele era, na verdade, de uma médica cardiologista do Recife. O caso foi levado à Polícia Federal, responsável pela investigação.
De acordo com o diretor do Hospital Regional do Agreste, José Bezerra, a seleção desse falso médico foi feita pela Secretaria de Saúde do Estado. Já a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde de Pernambuco informou que, no momento da contratação, o golpista apresentou todos os documentos exigidos, e não tinha como verificar se o registro do Conselho Regional de Medicina apresentado por ele era de outra pessoa.


Acompanhe abaixo um dos trechos do depoimento do assessor de comunicação da Polícia Federal, Giovani Santoro. Ele informou que Leonardo de Moura Cintra só foi descoberto após emitir um atestado para um paciente que tinha se submetido a uma cirurgia, em Olinda. O documento foi conferido pela empresa em que o paciente trabalhava e o nome do médico não batia com o número do registro no Conselho Regional de Medicina (Cremepe).
“Além da queixa desse paciente que desconfiou das atividades dele nós temos também ordem de pagamentos bancárias do salário dele expedida pela Secretaria da Fazenda, temos a folha de ponto que confirma que ele dava plantões no Hospital Regional do Agreste, como também um prontuário de um paciente que foi operado por ele. Então, todas essas apreensões com o depoimento que fizemos dessa vítima vai corroborar para se instalar um inquérito policia, intimar ele a comparecer na delegacia da Polícia Federal e aí ele poderá ser indiciado por exercício ilegal da medicina e também por falsidade ideológica. Essas penas variam de um até cinco anos de prisão”, afirmou Giovani Santoro, assessor de comunicação da Polícia Federal.
A Polícia Federal espera agora que ele se apresente. “O mais correto é que ele se apresente voluntariamente na nossa delegacia, até acompanhado de advogados para explicar ou até rebater todas essas provas que tem arrecadadas contra ele”, informou Santoro.
A Divisão de Controle Acadêmico da Faculdade de Ciências Médicas da UPE informou que Leonardo de Moura Cintra foi aprovado no vestibular e ingressou na Faculdade de Medicina em 1993. No segundo semestre do ano de 2000 ele fez matrícula no último período do curso,mas não colou grau porque não cumpriu a carga horária. A faculdade considera, neste caso, que houve abandono do curso de medicina.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que a contratação de todos os médicos para a rede estadual é feita por meio de análise de documentação e comprovação da experiência do candidato. E que foi justamente através da atualização dos dados de pessoal no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, sistema de informações do Ministério da Saúde, que foi possível descobrir a fraude.

Portal maisab

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