sábado, 5 de abril de 2014

Eduardo: “Eu sinto os passos de outro Brasil que vem por aí”




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Discurso de Eduardo Campos: 

Há cinquenta anos, em 1º de abril de 1964, o Governador Miguel Arraes deixava este Palácio sob escolta militar, em direção à prisão e depois ao exílio, por se recusar a renunciar ao mandato que lhe fora outorgado pelo voto democrático dos pernambucanos.

Arraes saiu pela porta da frente e por ela voltou mais duas vezes, nos braços do povo, que com alegria lhe devolveu o mandato que tentara lhe usurpar o arbítrio.

Hoje, depois de dois mandatos, deixo o Palácio do Campo das Princesas pela mesma porta da frente, rumo a novas lutas a que me levam compromissos sociais, históricos e políticos.

Peço permissão para relembrar trecho do discurso que proferi ao assumir, pela primeira vez, o Governo do Estado, em 1º de janeiro de 2007: “Vamos construir um tempo novo, em que os que sempre perderam vão começar a ganhar. Um tempo em que as vítimas não serão mais culpadas. Um tempo em que a indignação seja a ferramenta para enfrentar a pobreza, a miséria, a violência e a exclusão”.

Busquei honrar esses compromissos, empenhando neles todas as minhas forças, com o apoio de uma equipe de servidores públicos dedicada e leal; dos Poderes Legislativo e Judiciário; do Ministério Público e do Tribunal de Contas; do Governo Federal e dos governos municipais; dos partidos aliados; dos movimentos sociais; dos trabalhadores; dos empresários e da Imprensa. E, principalmente, com o apoio do povo de Pernambuco, que nunca permitiu que fraquejássemos e deixássemos estreitar os caminhos da mudança.

Com unidade e determinação tentamos fazer o que mostrava-se o mais necessário, mobilizando para tanto todos os de boa vontade e tornando assim possível o que parecia irrealizável.

O trabalho muitas vezes me furtou do convívio familiar, embora minha família tenha sempre participado ativamente de toda minha trajetória política. Registro, com emoção, o meu agradecimento, pelo apoio e compreensão, a Renata, Maria Eduarda, João, Pedro, José, Miguel, Ana, Antônio e à minha avó Madalena, em nome de toda a família.

Ao meu lado, nos bons e nos maus momentos, sempre o Vice-Governador João Lyra Neto, que hoje assume a condução do Governo do Estado. Sua experiência administrativa e seu descortino foram valiosos para todos nós e asseguram a preservação e ampliação de tudo que até agora construímos juntos.

Nosso Governo lega aos pernambucanos um Estado melhor para se viver. Renovou-se a autoestima coletiva; revitalizou-se a atividade econômica; reduziu-se a desigualdade social.

Pernambuco cresceu a índices superiores aos do Nordeste e aos do Brasil, a partir de um modelo de gestão reconhecido nacional e internacionalmente e premiado pelas Nações Unidas.

A atração de grandes empreendimentos industriais estruturadores abre para o Estado a inserção competitiva nos mercados internacionais, moldando um novo patamar para o futuro. Iniciativas no campo social, como o Pacto Pela Vida; os novos hospitais públicos e as UPA’s; a multiplicação das escolas públicas de referência; os investimentos nos transportes, no saneamento e no abastecimento d’água são marcas que ficam e justificam, neste momento, o sentimento – que é de todos – do compromisso cumprido.

Avançamos no mundo rural, junto com as representações dos trabalhadores do campo, desenvolvendo projetos de acessos rodoviários, fornecimento d’água, de energia elétrica e sementes, formação de mão de obra e de combate ao desemprego, ao lado de ações de regularização fundiária.

Outras marcas são igualmente importantes, como a interiorização de projetos culturais; a atração de grandes eventos artísticos, esportivos e empresariais; a transparência dos atos do Governo do Estado; a ampliação de recursos para as áreas de ciência, tecnologia e meio ambiente e as novas políticas de gênero.

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