sábado, 23 de maio de 2015

Compesa perde 46,8% da água


Estatal não cumpriu meta de redução das perdas fixada pela Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe)
Da Editoria de Economia
Publicado em 
Compesa não cumpre metas de redução das perdas fixadas pela Arpe
Compesa não cumpre metas de redução das perdas fixadas pela Arpe
JC Imagem
Com o aumento de 3,51% da conta de água, anunciado ontem, o questionamento sobre um problema contumaz da empresa volta à tona: por que ainda é tão alto o percentual de desperdício de água? A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) perde 46,8% de toda a água que trata e distribui. O pior: esse custo é bancado pelo consumidor. Até fevereiro último, a estatal deveria ter reduzido em 2% as perdas para cumprir uma meta estabelecida em 2014 pela Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe), que regula a tarifa da estatal. “O não cumprimento dessa meta fez com que a Compesa perdesse R$ 7 milhões este ano”, explica o diretor de Regulação Econômico-Financeira da Arpe, Hélio Lopes.

“As perdas são altas e os vazamentos são o que mais contribuem para isso”, explica Hélio. Segundo ele, uma perda razoável seria em torno de 30%, patamar próximo ao da Sabesp, distribuidora de água de São Paulo. Nos cálculos da Arpe, a Compesa conseguiria economizar R$ 100 milhões se ocorresse uma diminuição de 15% das perdas.
Agora, de acordo com Hélio, a Compesa terá reduzir 3% das perdas até 2018, quando a empresa passa por outra revisão tarifária, processo similar ao que estabelece o reajuste da tarifa, acrescentando uma remuneração para os investimentos e metas de produtividade, como a redução das perdas.
O diretor de Mercado e Atendimento da Compesa, Rômulo Aurélio de Souza, afirma que a estatal possui dois tipos de perdas. “A provocada pelos vazamentos, que corresponde a 25%, e a aparente, equivalente a 21,8% e formada pela água consumida, mas não faturada, como no caso de ligações clandestinas e casas sem hidrômetros. e não tinha conhecimento de que a Compesa não cumpriu as metas estabelecidas pela Arpe. E argumenta: “Será iniciado, este ano, um investimento de R$ 400 milhões na Região Metropolitana do Recife com a instalação de macromedidores, hidrômetros, troca de redes de distribuição, telemetria e automação das unidades operacionais, entre outras iniciativas, para diminuir as perdas”, conclui.

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