quinta-feira, 26 de março de 2015

Conheça a história de Caio, o menino que não transpira


Devido a uma doença genética, a displasia ectodérmica, ele não transpira por falta de algumas glândulas



Do JC Online

Caio (à esquerda) veste a camisa da campanha com o irmão Théo / Foto: Diego Nigro / JC Imagem

Caio (à esquerda) veste a camisa da campanha com o irmão Théo

Foto: Diego Nigro / JC Imagem

Caio Medeiros, 7 anos, é uma criança como qualquer outra. Esperto e às vezes até treloso, vai à escola, adora cantar e dançar com o irmão Theo, 5. O que o difere dos outros meninos é que, devido a uma doença genética, a displasia ectodérmica, ele não transpira por falta de algumas glândulas. Anualmente, nos Estados Unidos, acontece uma conferência com consultas e palestras. Para viabilizar a ida do garoto, de sua família e de outros portadores da síndrome ao evento, em julho, foi lançada a campanha Eu suo a camisa por Caio.

A professora de inglês Elanne Medeiros, mãe do menino, confeccionou 500 camisas com a frase. Conseguiu adesão de pernambucanos que participam de corridas de rua. Também do goleiro do Sport, Magrão. Ele doou uma camisa que será leiloada e que poderá ser autografada por todo o time. “Na conferência, todos os pacientes são consultados por especialistas, assistimos a palestras, nos reunimos com centenas de famílias como a nossa e aprendemos muito”, diz Elanne, que em 2008 esteve nos EUA com Caio graças a outra campanha.

Existem mais de 180 tipos de displasia ectodérmica. Quem possui a síndrome não transpira, sente mais calor que as outras pessoas, produz pouca lágrima e saliva e às vezes não tem dentes. Os homens são os mais afetados (90% dos casos). O cabelo é fino e esparso. “Caio faz tudo, é um menino muito inteligente. Seu problema é com o controle da temperatura. Com o calor, ele fica irritado, letárgico, sem energia, podendo às vezes até desmaiar”, relata a mãe do garoto.

O objetivo dela é, além de conseguir recursos para custear a viagem, divulgar a síndrome. “No Brasil não temos nenhuma associação ou ONG de displasia. Existem entidades no México, na Argentina, nos Estados Unidos, na França. Há também uma associação internacional na Inglaterra”, destaca Elanne. “Caio não é o único com displasia que a campanha beneficia. Minha ideia inicial era que outras famílias, de Pernambuco e de outros Estados, suassem por seus filhos, mudando o nome da camisa como fizemos com Lucas, um rapaz do Recife que também tem a doença”, explica a professora.

As novas camisas serão estampadas com a frase Eu suo a camisa pela displasia ectodérmica. Estarão à venda (R$ 25) a partir da próxima semana nas lojas Prata da Casa, Maria Filó, Reserva, Valisere e Centro da Mulher (todas no Recife); Outlet Porto e Multi Porto, em Porto de Galinhas, Ipojuca, no Grande Recife. Também podem ser encomendadas pelo Facebook, por meio do grupo Eu suo a camisa por Caio.

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