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Sabe-se
que a configuração social atual é diversa, confusa, falta uma solidez aos
sujeitos contemporâneos. Essas mudanças são fruto de algumas lutas históricas,
como os movimentos hippie e
feminista, que invadiram o cenário nacional na década de 60 e pediam morte ao
Pai. E quando falamos de Pai, com letra maiúscula, que possamos entender como a
Lei.
Por
exemplo, há algumas décadas atrás, tínhamos um Estado forte, uma autoridade
rígida, que dizia o que os cidadãos tinham que fazer, como se comportar, como
pensar. Com essa queda da Lei os sujeitos ainda não sabem bem o que fazer, como
lidar com essa nova modalidade social, há uma confusão pelo excesso de
liberdade que se impõe.
A
partir desse contexto, como situar então o ardor que move as militâncias
políticas? Simples, a sociedade em busca dessa autoridade paterna em declínio,
dessa Lei que já não vigora como outrora, elege líderes que possam restituir
esse poder paternal. É o caso da eleição e repercussão do ex-presidente Lula,
onde temos um fenômeno completamente novo, do desejo do povo por um dos seus,
um operário como seu representante.
O
que implica numa idéia de autoridade diferenciada, não mais verticalizada, não
mais de um outro que diz o que as massas devem pensar e fazer, que está no topo
e distante da maioria, mas de um outro que é “nós”. Trata-se de uma autoridade
horizontal.
Contudo,
a acentuada paixão política que vivenciamos na nossa região é a tentativa de
salvar a Lei em declínio. Segundo a psicanálise, é a manifestação popular em
busca de um Pai, mas não de um Pai qualquer. E sim daquele que possa ter
surgido do povo e para o povo.
Thereza
Cristina Leandro da Silva Queiroz Santos
(Graduada
em Psicologia –UEPB, mestranda em Educação –UFPB)
O povo busca o "grande irmão" que vai levar eles a uma era de glorias e paz...
ResponderExcluirChega a ser patético...
Este comentário foi removido pelo autor.
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ResponderExcluirAchei bastante interessante a matéria da Drª. Tereza Cristina, pois fiquei curiosa com o título e procurei analisar cada colocação. Como sou estudiosa desse campo das Ciências Humanas, pensei de que forma seria essa associação com a Psicanálise. Pois é, as pessoas ansiosas sentem com muita intensidade os estímulos que acontecem ao seu redor. Esta intensidade faz com que elas não consigam decifrar ou elaborar o que esta ocorrendo, o que faz a sua ansiedade aumentar a níveis muito altos, tencionando ou perturbando funcionalmente a operação de órgãos que de alguma maneira esteja relacionado com o Sistema Nervoso Central. Segundo a Psicanálise, gera uma histeria dissociativa onde o estímulo é sentido de forma tão intensa que quebra a funcionalidade da própria mente, descoordenando-a e levando a pessoa a atos dissociados da realidade que a cercam por mais ou menos tempo. Explicação da Psicanálise.
ResponderExcluirParabéns garota,
Maria da Conceição Lucena (Psicopedagoga Institucional e Clínica) Formação continuada em Psicanálise, Teoria e Técnica.