segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Oito pessoas morrem de asma por dia no Brasil

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Para uma parcela da população, respirar pode ser um desafio diário. A asma é uma doença inflamatória crônica que afeta 300 milhões de pessoas no mundo, e, se não for tratada da forma correta, pode levar à morte.

Responsável pelo estreitamento das vias aéreas, a asma dificulta a passagem do ar pelos pulmões e compromete a respiração, causando falta de ar, tosse e chiado no peito. No Brasil, estima-se 20 milhões de pessoas tenham a asma. Além disso, a doença já é considerada a terceira principal causa de hospitalizações pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e oito pacientes morrem por dia em função dela.  

“Os números refletem o comportamento de risco dos pacientes ao não tratarem adequadamente a doença, limitando-se a cuidar somente de suas crises por desconhecimento de como funciona a asma. Os dados são alarmantes, diante de uma doença que pode ser controlada, independentemente da gravidade”, explica Dra. Ângela Honda, médica do ambulatório de reabilitação pulmonar da disciplina de pneumologia da Escola Paulista de Medicina-Unifesp.

Segundo a médica especialista, além do desconhecimento da doença – 50% dos asmáticos não estão tratados – os pacientes também não recebem o tratamento adequado de acordo com os diferentes níveis de controle da asma. “Muitas pessoas sofrem da forma moderada e grave da doença, para a qual existe um cuidado específico diferentes das formas mais leves”, explica. “Não é normal ter uma rotina de idas ao pronto socorro por causa de crises constantes. Este é um sinal de que a asma não está controlada”, comenta Dra. Ângela Honda.

Pacientes com asma grave sofrem com crises, por vezes, seguidas de hospitalizações, chegando a procurar 15 vezes mais prontos-socorros, e são hospitalizados 20 vezes mais que os que sofrem com a doença em sua forma leve, o que interfere diretamente em sua qualidade de vida e aumenta o risco de morte para o paciente. “Nestes casos, é fundamental que os pacientes busquem a ajuda de médicos especialistas. Apesar de não ter cura, hoje já é possível levar uma vida normal mesmo nos casos mais graves”.

O omalizumabe é o único medicamento biológico para tratamento de asma alérgica grave não controlada registrado no país. Ele promove a melhora dos sintomas e diminui as crises decorrentes da doença, permitindo que o paciente melhore sua qualidade vida. O medicamento reduz em 60,8% o número de crises, o que diminui diretamente no número de visitas ao pronto-socorro (79,6%) e hospitalizações (67%). Além disso, há uma melhora significativa da função pulmonar e dos sintomas diurnos.

PR Newswire

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