sábado, 13 de fevereiro de 2021

WhatsApp, Telegram e Signal: conheça as vantagens de cada um dos aplicativos de mensagens

 


As mudanças na política de privacidade do WhatsApp, que preveem uma integração maior com o Facebook, deixaram muita gente se perguntando quais são as alternativas ao app de mensagens.

Telegram, um dos concorrentes mais conhecidos no Ocidente, disse ter recebido 25 milhões de novos usuários em nas 72 horas após o WhatsApp começar a exigir que os usuários concordassem as mudanças.

Outro nome que está chamando a atenção é o Signal. Promovido por especialistas em segurança e financiado por um dos cofundadores do WhatsApp desde 2018, o número de downloads do app aumentou 4.200% em relação à semana anterior ao anúncio do Facebook sobre o WhatsApp.

Veja abaixo a história de cada aplicativo e o que eles oferecem como diferencial:

WhatsApp

Fundado em 2009 como uma startup e adquirido pelo Facebook em 2014, o WhatsApp é hoje o comunicador mais popular do mundo, com cerca de 2 bilhões de usuários ativos e 5 bilhões de downloads só na Play Store, a loja de apps do Android.

O programa foi criado com o intuito de substituir os torpedos SMS, que eram limitados, e chegou a experimentar um modelo de negócios com assinatura anual. No entanto, ele podia ser usado de graça por um longo período e, desde que foi adquirido pelo Facebook, não há cobrança nem anúncios no aplicativo.

O compartilhamento de dados com o Facebook e a integração do app com pagamentos, contudo, vem se tornando a aposta para tornar o serviço lucrativo.

  • O que só ele tem: Status/Stories, videochamadas criptografadas com até 8 pessoas (50 por meio da integração com as Salas do Messenger), recursos adicionais para contas comerciais (incluindo pagamentos, já disponíveis em algumas regiões).
  • O que limita o app: O WhatsApp adota restrições ao encaminhamento de mensagens e ao tamanho dos grupos (256 membros). Não é possível usar o app em outros dispositivos sem que o telefone esteja ligado e conectado à internet.
  • Segurança: O WhatsApp adotou a tecnologia de criptografia do Signal em 2016, melhorando sua segurança de forma significativa, mas não vem acompanhando os aprimoramentos do concorrente. O código-fonte do WhatsApp é fechado.
  • Privacidade: É obrigatório divulgar o número de telefone para receber e enviar mensagens de outros usuários. As mensagens do WhatsApp são criptografadas, mas o comportamento dos usuários no app (frequência de uso, contatos e grupos) podem ser levados em conta pelo Facebook para modelar o perfil que determina sugestões de contato, publicidade direcionada e outras ferramentas comerciais.

Telegram

O Telegram foi lançado em 2013 pelos irmãos Durov, uma dupla de empreendedores da Rússia conhecida pela rede social VKontakte (VK), o "Facebook russo". O passado do VK ainda influencia as operações do Telegram, o que repercute em sua história e funcionamento.

Quando a VK se tornou popular na Rússia, os irmãos Durov foram pressionados (inclusive com assédio policial) a abandonar o controle da rede, deixando-a nas mãos de pessoas favoráveis ao governo. Os irmãos hoje vivem exilados de seu país, viajando o mundo.

Da mesma forma, não se sabe exatamente onde o Telegram possui seus escritórios, embora esteja juridicamente sediado no Reino Unido.

Após o Facebook anunciar mudanças na política de privacidade do WhatsApp, o Telegram passou a ganhar popularidade, chegando a 500 milhões de usuários ativos.

O serviço é prestado por empresa privada e financiado por Pavel Durov, um dos seus fundadores. Mas a Durov anunciou que pretende introduzir recursos pagos em 2021, que serão voltados para empresas e usuários avançados. Ele disse que não haverá cobrança pelos recursos já existentes no app.

  • O que só ele tem: Grupos de até 200 mil membros, uso em qualquer dispositivo sem depender da internet no celular, envio e recebimento de mensagens sem divulgar o número do telefone, opções adicionais para controlar a exposição de dados (para que só algumas pessoas possam ver quando você está on-line, por exemplo), agendamento de envio de mensagens, busca de pessoas próximas para se comunicar (este recurso exige cuidado).
  • O que limita o app: Não há suporte para status/stories nem videochamadas em grupo (é possível realizar videochamadas individuais, mas o recurso para grupos foi prometido para 2021). A maioria das vantagens do app é viabilizada pela ausência de criptografia nas mensagens regulares e armazenamento de dados no servidor. Ainda não está claro como o Telegram pretende se sustentar financeiramente.
  • Segurança: As conversas no Telegram não são criptografadas por padrão, sendo necessário ativá-la em conversas específicas por meio de "chats secretos". O armazenamento das mensagens no servidor exige cuidado para evitar a exposição das conversas (as autoridades da Lava Jato, por exemplo, foram expostas pelo Telegram por esse motivo). O código-fonte do aplicativo do Telegram é aberto, mas o código do servidor do serviço é fechado, deixando-o em um meio-termo entre o Signal e o WhatsApp.
  • Privacidade: As mensagens, fotos e arquivos das conversas regulares (não secretas) do Telegram ficam armazenadas no servidor do serviço, mas o Telegram promete não compartilhar dados com terceiros e não possui vínculos com redes de publicidade que usam esses dados para a modelagem de perfis.

Telegram possui opções adicionais para o envio de mensagens, inclusive agendamentos. Eles funcionam mesmo que seu telefone não esteja ligado.  — Foto: Reprodução

Telegram possui opções adicionais para o envio de mensagens, inclusive agendamentos. Eles funcionam mesmo que seu telefone não esteja ligado. — Foto: Reprodução

Signal

A marca do Signal está muito ligada ao nome de Moxie Marlinspike, que criou a empresa de segurança Whisper Systems e a vendeu para o Twitter. O nome dele, porém, é um pseudônimo. A agência de notícias Reuters já identificou Moxie pelo nome de Matthew Rosenfeld, mas ele não faz questão de divulgar seus dados pessoais.

A forma que o Signal prioriza a privacidade e a segurança dos seus usuários lembra muito a personalidade do seu criador. É o app de mensagens recomendado por personalidades como Edward Snowden (o ex-agente da Agência Nacional de Segurança que revelou a existência de um programa de espionagem massiva nos Estados Unidos) e Elon Musk, o bilionário fundador da Tesla e da SpaceX.

Juridicamente, o Signal tal como existe hoje foi fundado em janeiro de 2018. Brian Acton, um dos fundadores do WhatsApp, deixou a empresa em 2017 após se desentender com o Facebook sobre os rumos do serviço. Em vez de criar uma nova plataforma, ele se juntou a Moxie para reorganizar a estrutura formal do Signal, que hoje é financiado por doações repassadas por seus fundadores e usuários a uma mantenedora sem fins lucrativos.

A tecnologia do Signal, porém, data de 2010, quando foi lançado o app de mensagens TextSecure. Depois foi criado o RedPhone, que permitia fazer ligações seguras. Os dois aplicativos foram mesclados para criar o Signal, em 2014.

O app ultrapassou a marca de 50 milhões de downloads na Play Store e estima-se que tenha cerca de 20 milhões de usuários ativos – sendo, por uma boa margem, o app menos popular entre os três.

  • O que só ele tem: Foco total em privacidade e segurança, com grupos privados e envio de mensagens com remetente oculto (apenas um dos participantes precisa divulgar o número para iniciar a conversa), controles para limites de armazenamento de dados.
  • O que limita o app: Não há busca integrada de GIFs animados, nem status/stories. As chamadas em grupo são limitadas a 5 participantes e grupos podem ter no máximo 1.000 contatos. O backup para recuperar mensagens é manual e exige uma senha de 30 posições, dificultando a restauração de mensagens após uma troca de aparelho. O smartphone precisa estar sempre ligado e conectado para usar o Signal em outros dispositivos.
  • Segurança: A comunicação do Signal é criptografada sempre que possível. O código-fonte do Signal é totalmente aberto, o que maximiza a transparência e torna o serviço um dos preferidos para especialistas em segurança digital. É referência em segurança de comunicações.
  • Privacidade: Não há recurso que mostre quando alguém está on-line, nem o último horário em que o app foi aberto. O uso generoso de criptografia minimiza a quantidade de informações legíveis que chegam aos servidores do serviço, inviabilizando a coleta da maioria das informações.


'BBB' do ódio: Globo é responsável por aqueles que confina?

 

Lucas, que pediu para deixar o programa, e o diretor Boninho

Lucas, que pediu para deixar o programa, e o diretor Boninho

REPRODUÇÃO

A nova edição do Big Brother Brasil não tem nem um mês no ar e já nos dá saudade do tempo em que os confinados brigavam feio por queijo ralado.

Nunca um reality condessou tanto ódio, cancelamentos, tortura psicológica, assédio moral e preconceito em uma só edição. A ditadura da lacração que prometia reinar absoluta transformou a "casa mais vigiada do Brasil" em um "campo de concentração" de um homem só. Massacrado, humilhado, Lucas não aguentou e pediu para sair.

Mas será que os "carrascos" são só os confinados?

Ok, Karol Conká, alvo de várias denúncias no Ministério Público por conta dos abusos no programa, pegou pesado. Mas quem se omite diante da violência a qual Lucas foi exposto em rede nacional tem ou não tem culpa no cartório? Tu és ou não és responsável por aquele que confinas?

No áudio vazado de Boninho em conversa com o participante Projota, a direção do programa lava as mãos. Após a saída de Lucas Penteado na manhã deste domingo, 7, Projota foi ao confessionário do BBB e conversou com o Big Boss, Boninho. O áudio da conversa vazou durante a transmissão ao vivo do pay-per-view. O rapper disse que estava com medo, e mostrava arrependimento por ter entrado no programa.


    "De verdade, não entrei aqui para isso. Está muito difícil imaginar tudo que aconteceu esta noite, como a minha família está em casa sabendo o que eu estava passando aqui sem precisar passar por isso. Eu não preciso. E eu ter que esconder uma faca por medo do que poderia acontecer, sabe?", disse Projota, alegando estar com medo de Lucas.

    Lucas, aquele que arrumou confusão geral após bebedeira em festa, sendo massacrado nos dias seguintes pelo pelotão de Karol.

    Boninho tentou dissuadir o rapper a sair e alegou que não sabia que Lucas tinha problemas com o consumo de álcool. "A gente descobriu só depois que ele tava aí, que ele tinha problema com bebida. Ele tá aqui, tá tranquilo, tá outra pessoa. É por isso que ele queria sair. Ele omitiu da gente que ele tinha problema com bebida. Essa festa era a última chance dele se comportar. Ele é um moleque gente fina, mas na hora que bebe vira um monstro", fala o diretor.
    Monstro? Lucas é o monstro? O áudio foi confirmado pela Globo.

    Boninho disse ainda que se soubesse que Lucas não podia beber, não deixaria ele entrar no BBB. Será mesmo? Difícil de acreditar.

    A escolha do elenco do BBB passa por um rigoroso processo de seleção que envolve baterias e mais baterias de exames médicos e psicológicos. Familiares e amigos próximos do candidato são entrevistados. O participante tem a sua vida pessoal revirada atrás de mínimos detalhes que possam render dentro do programa. A direção conhece o calcanhar de Aquiles dos confinados, o estopim para brigas, os pontos fracos capazes de desestabilizar, de render confusões históricas.

    Difícil acreditar que o dono da caixa de fósforo não sabe qual é o combustível da bomba!
    Nessa explosão de ódio e violência na TV, não adianta Globo e Boninho lavarem às mãos. Há vestígio de pólvora nela!

    sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

    Governo pede explicações para WhatsApp sobre nova política de privacidade


    Por G1

     


    WhatsApp enviou aviso sobre mudança de privacidade no início do ano. — Foto: AFP

    WhatsApp enviou aviso sobre mudança de privacidade no início do ano. — Foto: AFP

    A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça, pediu na última sexta-feira (5) que o WhatsApp e o seu dono, Facebook, esclareçam as alterações na política de privacidade do app de mensagens.

    No início do ano, usuários do aplicativo foram avisados sobre uma atualização nos termos de uso, que incluiu mais detalhes sobre o compartilhamento de dados com a rede social.

    O órgão enviou uma notificação para as empresas, que devem responder 10 questionamentos sobre as alterações programadas para vigorar a partir de maio. O prazo da Senacon é de 15 dias, a contar do recebimento da notificação.

    Ao G1, o WhatsApp disse que "está à disposição para prestar os esclarecimentos necessários à Senacon".

    A Senacon quer que o Facebook informe, em linhas gerais:

    • se o usuário poderá controlar quais dados pessoais são compartilhados;
    • quais são os impactos da nova política de privacidade comparado com versões anteriores;
    • quais dados são colocados à disposição de terceiros, incluindo empresas do Facebook;
    • se há a opção de continuar usando o WhatsApp caso o usuário não aceite a nova política.

    O órgão quer entender ainda por que há diferenças na política de privacidade para usuários da União Europeia, que permite que as pessoas escolham não compartilhar informações.

    No bloco europeu, o WhatsApp segue um conjunto de regras diferente do restante do mundo, por causa da lei de proteção de dados local.

    Questionamentos similares foram feitos pela Índia, que pediu que o aplicativo cancelasse a atualização de política de privacidade em 19 de janeiro.

    O anúncio de novidades na política de privacidade gerou desconfiança entre usuários – aplicativos concorrentes como o Telegram e o Signal foram baixados milhões de vezes desde que a notificação surgiu para usuários do WhatsApp.

    A repercussão fez com que o WhatsApp se manifestasse, reforçando que o conteúdo de mensagens e ligações é protegido por criptografia e não pode ser acessado pela companhia.


     

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