Prefeito de ÁGUA PRETA é alvo de operação da POLÍCIA FEDERAL em investigação por CORRUPÇÃO, AGIOTAGEM E LAVAGEM DE DINHEIRO
Segundo a PF, o atual gestor do município teria contratado emergencialmente uma empresa para prestação de serviços de veículos a qual há indícios de relações pessoais estreitas com o proprietário.
23 maio de 2023, às 09:30 - Atualizado em 23 maio de 2023, às 15:28

A Polícia Federal em Pernambuco, com apoio da Receita Federal e da Controladoria-Geral da União, deflagrou na manhã desta terça-feira, 23 de maio, a denominada Operação Dilúvio, com a finalidade de dar cumprimento a 27 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional da 5ª Região.
A investigação da Polícia Federal tem por objeto a apuração de crimes de corrupção, desvio de recursos públicos, fraudes em licitação, lavagem de dinheiro, agiotagem, entre outros, atribuídos a agentes públicos, servidores, empresários e particulares.
- Polícia Federal investiga prefeito Noé Magalhães de Água Preta-PE. Foto: Divulgação/PF.
- Polícia Federal investiga prefeito Noé Magalhães de Água Preta-PE. Foto: Divulgação/PF.
- Polícia Federal investiga prefeito Noé Magalhães de Água Preta-PE. Foto: Divulgação/PF.
Segundo a investigação, o prefeito Noé Magalhães, do município de Água Preta, na Mata Sul do Estado de Pernambuco, teria contratado emergencialmente uma empresa para prestação de serviços de manutenção corretiva e preventiva de veículos da frota do município, chamando a atenção o fato de a empresa estar localizada a mais de 110km da sede do contratante, bem como, a constatação de que havia várias outras empresas na região, atuando no mesmo ramo.
Nesse sentido, apurou-se a existência de indícios de relações pessoais estreitas entre o prefeito e o verdadeiro proprietário da empresa contratada.
Vale salientar que a empresa envolvida foi contratada pela mesma Prefeitura com indícios de fraude ao caráter competitivo do processo licitatório, sendo que até o presente momento a relação contratual permanece vigente, não obstante os evidentes indícios de superfaturamento.
Ademais, durante a execução do contrato, restou comprovado que o fornecedor custeou despesas com passagens aéreas internacionais em classe executiva para o prefeito e sua esposa, a qual ocupa o cargo de secretária municipal, o que caracteriza, em tese, o crime de corrupção.
Ao longo da investigação também foram coletadas evidências de utilização de diversas contas de “laranjas”, empresas fantasmas ou de postos de gasolina para movimentar o dinheiro desviado dos cofres públicos, e também decorrente de possível prática de agiotagem por parte do prefeito.