sábado, 11 de julho de 2015

Corpo de menina desaparecida é encontrado em Paulista


Hilda Beatriz, de apenas três anos, foi levada da casa das tias / Foto: Montagem / JC Imagem

Hilda Beatriz, de apenas três anos, foi levada da casa das tias

Foto: Montagem / JC Imagem

Policiais encontraram por volta das 23h desta sexta-feira o corpo da garota Hilda Beatriz, 3 anos. Estava dentro de um saco plástico, enterrado no quintal de uma casa simples na Rua República Centro-Africana, no bairro de Pau Amarelo, em Paulista, Grande Recife. A rua é paralela à Job Vieira de Lima, de onde a menina foi levada pelo suspeito de assassinar pela manhã sua tia Janaína Rodrigues de Azevedo, 39, e de ferir a facadas Raquel Rodrigues de Azevedo, 31, outra tia da menina.
Autuado em flagrante por homicídio, tentativa de homicídio e sequestro, o biscateiro Washington Gusmão Ferraz Júnior, 33, negou os crimes, mas foi reconhecido pela sobrevivente. O local onde a mulher foi morta é um condomínio com três casas. Na primeira, mora a família da garota, deixada pela mãe na segunda casa, onde reside a tia Raquel, esfaqueada no pescoço. Ela recebia visita da irmã Janaína, que mora em Gravatá, no Agreste do Estado, e morreu com oito facadas. O suspeito morava na terceira casa.
“Ele bateu na porta para pedir água e quando Janaína abriu já foi recebendo as facadas. A irmã tentou correr e foi atingida no pescoço, mas conseguiu se esconder no banheiro e ligar para o genro pedindo para chamar a polícia. Ela ainda viu quando o criminoso pegou a criança e saiu”, relata o delegado Francisco Océlio, que fez o flagrante. “Quando os PMs chegaram tiveram de arrombar a porta do banheiro, pois ela não tinha forças.”

Informada do desaparecimento da criança, a Polícia Militar mobilizou dez viaturas e equipes com cães farejadores, recebendo o apoio de um helicóptero da Secretaria de Defesa Social (SDS), policiais civis e de uma multidão de moradores da área. “Washington chegou quando vasculhávamos sua casa e nós o prendemos. Ele disse não ter feito nada, mas tanto a vítima quanto populares o reconheceram”, informa o major André Ângelo, comandante do 17º Batalhão da Polícia Militar. “Vamos manter as buscas até achar a menina”, anunciou o major no início da noite.

O suspeito saiu e voltou de casa em uma bicicleta, apreendida pela polícia. No intervalo, passou na casa do pedreiro Ricardo José da Silva, 37, e pediu uma escavadeira emprestada. “Emprestei e fui à praia, quando voltei soube do que tinha ocorrido. Não acreditei. E ele agindo como se nada tivesse acontecido”, conta o pedreiro. Segundo ele, o sogro viu que Washington transportava uma espécie de caixa coberta com um saco preto. “Ao voltar para entregar a escavadeira estava sem nada”, destaca o delegado. O fato levantou suspeitas de que ele poderia estar carregando a criança para enterrar.

Houve boatos de que Washington sofreria de esquizofrenia. “Mas conseguimos falar com sua irmã e ela negou que ele tomasse qualquer remédio controlado, apenas cachaça”, destaca o delegado. “Em depoimento, ele nega autoria e diz que estava na praia, bebendo, mas há uma lacuna de umas duas horas em toda a história que ele conta.” O suspeito foi encaminhado ao Cotel pouco depois das 20h. A polícia solicitou imagens da câmera de uma residência da área.

“Ele acabou com a família. Estão todos destruídos”, comentou o autônomo Eliezer de Lima Botelho, 56, tio de Hilda. O pai dela, Eli de Lima Botelho, participou de parte das buscas. “Não estou em condições de acompanhar e vim para casa”, disse por telefone ao saber que um corpo havia sido encontrado.

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