terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Campos diz que 'país parou' e 'saiu dos trilhos' do desenvolvimento

Em evento que lançou as diretrizes de seu programa de governo, Eduardo Campos conversa com deputados na Câmara (Foto: Zeca Ribeiro / Agência Câmara)

Possível candidato à Presidência da República nas eleições de outubro, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), afirmou nesta terça-feira (4) ter a "percepção clara" de que o Brasil "parou" e "saiu dos trilhos" do desenvolvimento. No auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, em Brasília, Campos lançou, ao lado da ex-senadora Marina Silva (PSB-AC), as diretrizes para uma eventual gestão na Presidência.
"É possível fazer melhorar o Brasil e fazer com que o país não saia dos trilhos. Seja em um assentamento rural, periferia no Sudeste ou qualquer cidade na Amazônia Legal que vamos, temos a clara percepção que as pessoas estão vendo que o país parou, saiu dos trilhos que vinha, que com idas e vindas estava avançando", ressaltou o presidente do PSB.
De acordo com Campos, a "sensação" de que o Brasil "freou" impôs ao PSB lançar candidatura própria à Presidência da República. "De repente, houve a sensação da freada.  Essa percepção clara impõe [uma atitude] ao PSB, que ajudou a construir a vitória do governo em 2010, a tomar a decisão unânime e mais dura [de se afastar do PT]", disse.
Mais cedo, nesta terça-feira, o governador pernambucano e Marina Silva entregaram o documento com as diretrizes do governo ao presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP). O partido oposicionista oficializou, em dezembro, apoio à chapa presidencial do PSB em 2014.
Campos entrou no auditório da Câmara aos gritos de ordem: "Brasil, para frente, Eduardo presidente". A ex-senadora Marina Silva se sentou ao lado do governador e foi aplaudida de pé ao chegar ao Nereu Ramos. Na plateia, estavam possíveis candidatos a diversos cargos nas eleições de outubro, como a ex-corregedora-geral de Justiça ministra Eliana Calmon, que deve concorrer ao Senado pela Bahia.
Diretrizes
As 12 diretrizes apresentadas por Eduardo Campos e Marina Silva nesta terça-feira estãocompreendidas em cinco "eixos": Estado e democracia de alta intensidade; economia para o desenvolvimento sustentável; educação, cultura e inovação; políticas sociais e qualidade de vida; e novo urbanismo e pacto pela vida.
Primeiro eixo (Estado e democracia de alta intensidade): o partido propõe o uso da tecnologia e da mídia digital para ampliar a democracia. Defende ainda o fim de "disputas personalistas", o fim do abuso do poder econômico e a "superação do clientelismo". Para tanto, defende a realização de uma reforma política.
Segundo eixo (economia para o desenvolvimento sustentável): a aliança PSB-Rede Sustentabilidade defende valorizar pequenas e médias empresas, implementar uma economia que produza baixa emissão de gás carbônico (CO2), modernizar a agricultura e "reformular a reforma agrária".
Terceiro eixo (educação cultura e inovação): Campos diz que o foco será a erradicação do analfabetismo, a ampliação da política de cotas e a integração entre educação e cultura, com a abertura de escolas à "diversidade cultural" do país.
Quarto eixo (políticas sociais e qualidade de vida): o partido diz que reforçará o Sistema Único de Saúde (SUS), a atenção básica de saúde e o atendimento a famílias.
Quinto eixo (novo urbanismo e pacto pela vida): o PSB promete melhorar a mobilidade urbana, investindo no transporte coletivo em "todas as suas modalidades". Para resolver o problema da segurança pública, o partido propõe uma "reconciliação" entre a periferia e as áreas centrais das cidades. Para a sigla, o acesso a transporte, cultura e lazer deve contribuir para gerar uma "cultura de paz".

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