segunda-feira, 6 de junho de 2011

Flamengo de Acoverde sofre golpe e fica com apenas 5 jogadores e esta fora da 2° divisão do Pernambucano


 
O Flamengo, de Arcoverde, é um dos clubes que ficaram de fora da disputa da segunda divisão do Pernambucano por não cumprir as exigências do regulamento. O clube não tem jogador suficiente nem para formar um time. Tudo por causa de um golpe.
O clube havia fechado uma parceria com uma empresa paulista para terceirizar os atletas que iriam compor o grupo. Mas cinco jovens do Sudeste foi o que restou da equipe do Flamengo, de Arcoverde.
“Eles vieram propor a parceria e eu aceitei e eles dizendo que já estavam com o time formado desde outubro”, afirma o presidente do Flamengo de Arcoverde, Joel Mário. Um acordo quebrado há menos de uma semana do início da competição. “No início de março, eles estariam com o time, mas não aconteceu assim”, complementa.
Os jogadores contam que, para vir a Pernambuco, era cobrada uma taxa de profissionalização, que variava de R$ 2 a R$ 4 mil. “Foram uns três ou quatro dias só ligando para contatos em São Paulo, pedindo dinheiro a namorada, a amigos até que eu consegui uma quantia, não o que eles me pediram, mas metade daquilo, e pude ficar”, afirma o meio-campo Eduardo.
Mesmo sem conseguir a quantia, quem se dava bem nos treinos em São Paulo era liberado da taxa, mas tinha que arcar com as despesas da viagem de mais de 3 mil km. “Eu não tinha dinheiro, mas fui e peguei o cartão emprestado da minha namorada, paguei em três vezes a condução e vim de ônibus. Prometeram céus e mundos, mas quando nós chegamos as condições eram precárias, a alimentação não era adequada para um atleta, era tudo medido, você não podia comer à vontade”, diz o volante Vágner.
Além disso, os jogadores reclamam que, em Arcoverde, não receberam nenhum centavo. “O que eles passaram para mim era que, quando chegássemos, íamos receber salário, alimentação boa e isso não aconteceu”, conta o lateral-direito William.
Os primeiros atletas chegaram a Arcoverde em fevereiro. O problema demorou a ser descoberto porque os jogadores eram proibidos de falar com os diretores do Flamengo. “Eles falavam que o Joel [Mário, presidente do clube] não pagava nada, não colocava comida e eram eles que colocavam. E que era preciso ter intimidade para falar com o Joel”, diz o meio-campo Jean.
O presidente insistiu e descobriu que, na concentração, já não havia atleta suficiente para montar uma equipe e retirou o Flamengo da segunda divisão do Pernambucano. “Não tinha como formar uma equipe dentro de dois dias, sem treinar. Outra coisa que eles disseram era que vinham com a comissão técnica pronta, mas nunca chegou um preparador físico”, afirma Joel Mário.
Em entrevista pelo telefone, o presidente da empresa acusada pelo Flamengo de Arcoverde comentou essas denúncias graves feitas pelo clube: “O que eu tenho a dizer é que essa quebra de contrato foi feita por eles. A gente nunca cobrou nada aos jogadores. A instituição é uma ONG, então foi criado um esquema de doação. Eles doaram esse dinheiro e foi com esse dinheiro que a gente conseguiu tocar o projeto no Flamengo. Eu reconheço que a alimentação não era adequada e tinha que ser melhorada, mas não era precária”.
O presidente do Flamengo de Arcoverde diz que vai levar o caso à Justiça e convenceu os cinco atletas a permanecerem no Estado para tentar encaixá-los em outros clubes. “Eu, minha diretoria e aqueles que conhecem o futebol entendemos que são jogadores diferenciados e estão acima da média dos que estão na segunda divisão. Então, eu pedi que eles ficassem, pois vou tentar profissionalizá-los e tentar colocar em algum clube nem que o Flamengo tenha que pagar os salários deles”, afirma Joel Mário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ari Custódio se filia ao MDB : Um Novo Capítulo na Política Local

  O cenário político local recebeu um novo impulso com a filiação de Ari Custódio ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Ari, conhecido ...