terça-feira, 11 de novembro de 2014

PAULO CÂMARA FALA SOBRE A SUA FUTURA ADMINISTRAÇÃO




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No primeiro compromisso oficial depois do período de férias, o governador eleito Paulo Câmara (PSB) esteve no Tribunal de Contas do Estado ontem (10), ao lado do presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa (PDT). Embora socialistas digam, nos bastidores, que Paulo Câmara não tem muita simpatia por mais uma candidatura de Uchoa à Presidência da Poder Legislativo – a quinta consecutiva – os dois conversaram e demonstram afinidades. “O deputado está dentro do meu projeto e é uma pessoa fundamental, importante, independentemente do cargo que ele for ocupar”, declarou, negando as desavenças nos bastidores. Câmara lembrou do papel que Guilherme Uchôa teve no mandato de quase oito anos de Eduardo Campos. No TCE, Paulo Câmara se encontrou com o presidente da instituição, Valdecir Pascoal, os conselheiros Carlos Porto, Teresa Duere, Marcos Loreto, Dirceu Rodolfo, João Campos e Ranilson Ramos, além do procurador-chefe Cristiano Pimentel e do auditor Carlos Pimentel. Veja os principais trechos da entrevista coletiva que concedeu após a visita.
O PSB vai ser oposição ao governo Dilma?
Vou ter uma reunião com o presidente Carlos Siqueira na próxima quarta-feira e vamos conversar com os presidentes do partido em nível estadual e será mais um processo de escuta. O presidente já escutou os deputados federais e os senadores. Agora, com os presidentes dos diretórios, vamos marcar uma executiva ainda no mês de novembro pra discutir essas questões. Acho que o partido está caminhando bem, ouvindo, fazendo as consultas. Vai ter uma posição muito ponderada com certeza, o partido quer o bem do Brasil, quer que  o Brasil volte a crescer, um Brasil que combata a inflação, que tenha politicas sociais que cheguem a todos. Então o partido vai se posicionar no sentido de ajudar no que seja de interesse Minha posição é de governar Pernambuco. Vou governar Pernambuco levando os bons projetos ao governo federal e defendendo aquilo que entendo que seja bom pro Brasil. Se os projetos apresentados pelo governo federal forem bons para o Brasil, com certeza o PSB vai contribuir para que ele seja aprovado.
O senhor acredita no diálogo de Dilma com a oposição?
O diálogo tem que ser feito e a gente espera que todo governante tenha essa capacidade de dialogar, de ouvir, de buscar alternativas. Não é um momento fácil que o Brasil vive. Estamos vivendo isso no dia a dia e 2015 não traz expectativas positivas porque estamos sem crescer. Estamos com inflação alta então, vai ser um ano de ajustes e para sair bem de problemas estruturais tem que se conversar, tem que se procurar os atores para que haja um amplo entendimento nacional em busca de soluções em favor do Brasil.
Este é um momento delicado do PSB, por não querer aderir nem ao PSDB e nem ao PT?
“É um momento de definição do que vamos fazer. O partido está muito unido. Tivemos uma perda muito grande que foi a de Eduardo, mas desde o falecimento de Eduardo a gente tem procurado estar unido, ouvindo as pessoas, entendendo os contrários. Mas todas as posições que o partido tomou desde então foram com a grande maioria. Há os descontentes, mas são uma minoria. Então, esperamos continuar nessa coesão. A coesão nas questões sendo aprovadas com a ampla maioria e posições que mantenham as tradições do partido, os seus ideias, suas buscas. A gente entende que o Brasil precisa melhorar e, a gente como partido, vai contribuir para que o Brasil melhore, defendendo o que seja bom para o Brasil.
Como está sendo feita a transição?
Tive oportunidade de, internamente, acertar algumas coisas com minha equipe, muita coisa pra ler que tive que parar nesses ultimos dias. O governador João Lyra já definiu as pessoas que vão estar juntas com Raul e com Renato Thiebaut e a tendeência é de fluir mais a troca de informações. Eu vou continuar fazendo a transição fazendo as visitas institucionais como como fiz hoje no tribunal, vou visitar os poderes. Já tive a oportunidade de conversar com Guilherme Uchoa, ir nas universidades, fazer uma agenda externa, propositiva. Vou também ter a oportunidade de conversar com minha equipe sobre as informações que estão sendo trocadas com a equipe do governo do estado e vou também preparar o governo, preparar nossa estrutura, pensar nas pessoas que vão me ajudar a partir de 2015. Então, vou dedicar o mês de novembro para concluir essas questões. Ele designou Lucianos Vasques, Fred Amâncio e José Neto.
O senhor vai pedir alguns nomes do TCE para compor o governo?
Nós temos quadros que estão já a disposição do governo do estado que devem permanecer e vamos ver quadros aqui do TCE. Vou conversar com o presidente Pascoal para que, se estiver dentro do perfil que queremos para a equipe, com certeza vou pedir para o presidente liberar algumas pessoas que vão me ajudar. Vou fazer uma estruturação com gente nova e aproveitando pessoas que já estão  dentro da máquina pública. Vai ter oxigenação sim, sei que isso é fundamental. As pessoas têm que estar bem dispostas a enfrentar novos desafios também, isso faz parte da forma de governar que sempre preguei junto com Eduardo: de ter sempre mudanças e ajustes onde precisa ser ajustado, melhorias onde precisa ser melhorado e manutenção naquilo que está dando certo.
Existe a possibilidade de mudar a estrutura das secretarias?
“sso está sendo feito. No mês de novembro, é uma das minhas tarefas, junto com minha equipe, de pensar na melhor estrutura daquilo que a gente quer, até porque os convites vão ser feitos em cima da nova estrutura, é um passo anterior ao fechamento da estrutura do que a gente quer a partir de 2015. A partir do fechamento dessa estrutura é que vamos buscar os nomes que se adequam a ela. Os convites serão feitos em dezembro”.
O senhor vai apoiar Guilherme Uchoa para um novo mandato na Alepe?
Conversei muito com ele sobre o Poder Legislativo. Conversei sobre o que estou pensando para o governo de Pernambuco, conversamos sobre política, sobre as eleições… Guilherme Uchoa foi uma pessoa que sempre conversou muito com Eduardo, uma pessoa que sempre tive muito respeito, conversamos sobre o quadro atual. Não falamos sobre a Assembleia Legislativa da nova legislatura, falamos mesmo sobre o momento atual e tenho certeza que o deputado Guilherme Uchoa vai me ajudar a governar Pernambuco da forma que seus pares entenderem, junto com ele, que é a melhor forma. Mas ele está dentro do meu projeto e é uma pessoa fundamental, importante, independente do cargo que ele for ocupar. Tenho certeza que ele vai me ajudar como ajudou Eduardo a governar Pernambuco.
E a Presidência da Casa?
O comando da Assembleia é discutida entre eles. Nós temos deputados que foram eleitos nos apoiando. É óbvio que tenho preferência por alguns desses deputados que nos apoiaram, entendo que a Casa vai ter um momento de reflexão, de discussão e eles vão chegar ao melhor nome para conduzir a Casa a partir de 2015 e me ajudar a governar Pernambuco, porque é fundamental essa sintonia do poder Executivo e Legislativo. O PSB vai estar nesse processo de discussão. Foi uma das coisas que conversei com o presidente Guilherme Uchoa também e tive a oportunidade de conversar com outros deputados também, deputados do PSB para pedir que haja união, que haja coesão na definição entre eles do que seja melhor. E o PSB, com certeza, vai ajudar na escolha do melhor nome”.

Diário de Pernambuco

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