sexta-feira, 8 de julho de 2011

Felipão moral agora é evangélico, e abandona o forró que ele mesmo revolucionou

                               


Cantor justifica decisão e relembra sua trajetória artística

Lívia Lopes
Ousadia é marca registrada de Felipão. Aos 16 anos, o cantor já parecia ter decidido não deixar um início de carreira prematuro comprometer as marcas que fixaria no forró cearense.
Foi a busca incessante pelo diferente que tornou Felipão um dos pioneiros do forró suingado, aquele que une percussão à zabumba e à sanfona. Agora, o ícone do forró elétrico encerra a carreira no forró para se dedicar à música Gospel.

Motivo é decepção com forró
A drástica mudança no estilo musical de Felipe Aragão Gurgel (26) é fruto de uma decepção com o forró. O cantor foi perdendo a vontade de subir aos palcos quando começou a perceber que o forró estava deixando de ser um ritmo musical para se tornar um estilo de vida em que tem "moral" aquele que beber muito uísque, pegar muita mulher e ter um som potente no carro.
Casado há cinco anos e pai de duas crianças, o cantor chegou a impedir que sua música fosse ouvida em casa porque as letras eram incompatíveis com a postura que adotara em relação à sua família. "Qual o exemplo que eu estava dando para as minhas filhas?", questiona.


Intenso ritmo de trabalho contribuiu
O frenético ritmo de trabalho das bandas foi outro motivo para deixar de vez o forró. Felipão revela que o cansaço excessivo e a falta de tempo para a família foram os motivos pelos quais começou a beber exaustivamente e até entrou em depressão. "Hoje, eu tenho visto muita gente do meio se envolver com drogas. Eu, graças a Deus, nunca nem vi cocaína pessoalmente, mas na bebida eu estava acabado", lamenta.




Conversão à igreja
Reduzir, no entanto, nem sempre é o suficiente. Convertido à igreja evangélica, Felipão passou a sentir-se incomodado com o tipo de música que cantava, a apologia à bebida e as danças sensuais que caracterizavam seu personagem no palco.
Sem o famoso cavanhaque, o cantor tira o chapéu literalmente e abandona a dança que marcou a transição do xote tradicional para uma dança mais solta e individual. O rebolado intuitivo e as mãos por trás da cabeça, característicos do personagem Felipão, dão lugar a um artista mais sereno e leve.

Um comentário:

  1. Eu concordo quando ele diz " o forró estava deixando de ser um ritmo musical para se tornar um estilo de vida em que tem "moral" aquele que beber muito uísque, pegar muita mulher e ter um som potente no carro."

    Eu sigo o blog faz tempo

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