A polícia ouviu na Central de Polícia de Campina Grande, os dez suspeitos de estuprar seis mulheres e matar duas delas no domingo (12), no município de Queimadas, no Agreste paraibano. As audiências começaram na segunda-feira e terminara na tarde de ontem. Além de serem ouvidos, os suspeitos passaram por exame de corpo de delito.
Após o encerramento das audiências, a delegada de Homicídios de Campina Grande, Cassandra Duarte, saiu sem falar com a imprensa. Mas de acordo com a polícia, os dez suspeitos passarão a noite na Central de Polícia de Campina Grande e devem ser transferidos para o presídio do Serrotão, na mesma cidade.
A delegada já havia dito em entrevista coletiva na segunda-feira, que os irmãos donos da casa onde aconteceu o crime são suspeitos de premeditar toda a ação. Segundo Cassandra, o plano era estuprar as moças, mas quando duas delas conseguiram reconhecer os agressores, o grupo resolveu matá-las.
A delegada ainda explicou que Michele Domingues da Silva, de 29 anos, e Isabela Pajussara Frazão Monteiro, de 27, eram amigas dos irmãos que organizaram a festa. “Michele inicialmente não era o alvo. Na verdade, eles queriam ter relações sexuais com Isabela e a irmã dela. Isabela foi a primeira a chegar na festa e de lá ficou ligando para a irmã e a amiga, Michele, que estavam na igreja”, informou Cassandra.
Com base nos depoimentos dos presos, a delegada disse acreditar que todos os homens presentes na festa iriam violentar as mulheres. Nos corpos das mulheres foram encontrados sêmen e resíduos de pele nas unhas. A Polícia Civil vai solicitar a colheita de material genético de todos os presos para exames de DNA. No entanto, a delegada diz ter certeza de que pelo menos três deles chegaram a ter relações sexuais com as vítimas.
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