A paralisia cerebral infantil é a deficiência mais comum na infância que afeta movimentos e funções sensoriais e cognitivas das crianças. Atualmente são cerca de 17 milhões de casos diagnosticados no mundo todo, segundo dados do movimento internacional World Cerebral Palsy Day.
Crianças com paralisia cerebral infantil podem ter uma vida produtiva, desde que recebam o tratamento clínico e cirúrgico adequados às suas necessidades.
Existem muitas dúvidas que envolvem a paralisia cerebral infantil como: sintomas, quais são as sequelas, o que é a paralisia cerebral infantil, quais são os tratamentos, as causas e quanto tempo de vida tem uma criança com paralisia cerebral.
Com este artigo, saiba como lidar com o diagnóstico de paralisia cerebral infantil, se há prevenção, como detectar, se fisioterapia funciona, entenda seu conceito, seus tipos e muitas outras questões sobre a PCI.
áreas de tensão e força musculares, coordenação e padrão de movimento. As formas espásticas com tensão muscular elevada são a forma mais comum de paralisia cerebral infantil.
Além do termo “paralisia cerebral infantil”, ela também pode ser nomeada como encefalopatia crônica não evolutiva (ECNE). A paralisia cerebral infantil está ligada a uma lesão no cérebro imaturo e é importante ressaltar que ela não é progressiva, ou seja, não vai piorar com o tempo. Entretanto, as alterações no funcionamento e no controle muscular podem levar a alterações ortopédicas que, por sua vez, podem se acentuar com o crescimento da criança.
Agora que já explicamos o que é a paralisia cerebral infantil, sabia que existe outro conceito sobre a paralisia cerebral infantil que você precisa saber: paralisia cerebral infantil não é uma doença.
Na verdade, a paralisia cerebral infantil é um conjunto de sintomas resultantes das malformações cerebrais ou danos às partes do cérebro.
Algumas vezes, as crianças com paralisia cerebral infantil também apresentam anomalias em outras partes do cérebro. Esses danos cerebrais que resultam na paralisia cerebral infantil podem ocorrer durante a gestação, durante o nascimento, depois do nascimento ou na primeira infância.
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Uma vez ocorridos os danos cerebrais, eles não pioram, embora os sintomas possam mudar à medida que a criança cresce e amadurece. Se a disfunção muscular resultar em danos cerebrais após os dois anos de idade, ela não é considerada paralisia cerebral infantil.
Quais são as causas da paralisia cerebral infantil?
As causas da paralisia cerebral infantil podem variar amplamente e vão desde anormalidades da placenta e complicações com o cordão umbilical, até infecções, diabetes, hipertensão (eclampsia), desnutrição, hemorragia e prematuridade. Ela ocorre em 3 de cada mil nascidos vivos. Porém, bebês prematuros são mais afetados.
Uma das principais causas da paralisia cerebral infantil é a hipoxia, situação em que, por alguma razão relativa ao parto, tanto para mãe quanto para o bebê, falta oxigenação no cérebro.
Em alguns casos de paralisia cerebral infantil é possível que ocorra o envolvimento de mais de uma causa. Os problemas que surgem antes, durante e logo após o nascimento causam de 15 a 20% dos casos.
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Os bebês prematuros são particularmente vulneráveis, porque os vasos sanguíneos, em certas áreas do cérebro, são finos e sangram com muita facilidade.
Concentrações elevadas de bilirrubina no sangue podem dar origem a uma forma de lesão cerebral denominada querníctero, que também pode causar paralisia cerebral infantil.
Durante os primeiros dois anos de vida, doenças graves, como a inflamação dos tecidos que revestem o cérebro (meningite), uma infecção grave na corrente sanguínea, lesões e desidratação grave podem causar lesões cerebrais e resultar em paralisia cerebral infantil.
Entre os diagnosticados com paralisia cerebral infantil:
- 1 em cada 2 crianças tem deficiência intelectual;
- 1 em cada 3 crianças não pode andar;
- 1 em cada 4 crianças não consegue falar;
- 1 em cada 4 crianças tem epilepsia.
Conheça os tipos e as classificações da paralisia cerebral infantil
Agora, você já entendeu que existe uma enorme variação nas formas como a paralisia cerebral infantil se apresenta e tudo está diretamente relacionado à extensão do dano neurológico. Isso significa que as lesões mais extensas do cérebro causam quadros mais graves de paralisia cerebral infantil. Nesse ponto do artigo vamos te ensinar sobre os tipos, ou seja, a classificação da PCI.
Os quatro tipos de paralisia cerebral infantil
Existem quatro principais tipos de paralisia cerebral infantil:
- Espástica
- Atetoide
- Atáxica
- Mista
Em todas as formas, a fala pode ser difícil de compreender porque a criança tem dificuldade para controlar os músculos envolvidos. Entenda melhor cada um dos tipos de paralisia cerebral infantil.
Paralisia cerebral infantil espástica
No tipo espástico, que ocorre em mais de 70% das crianças com paralisia cerebral infantil, os músculos são rígidos e fracos. Essa rigidez pode afetar outras partes do corpo, como:
- Os dois braços e as duas pernas (quadriplegia);
- As pernas mais que os braços (diplegia);
- Apenas o braço ou a perna em um dos lados (hemiplegia);
- Apenas as pernas e a parte inferior do corpo (paraplegia, casos raros).
As pernas e os braços afetados não se desenvolvem completamente. Algumas crianças podem andar em um movimento cruzado, conhecido como marcha em tesoura, e outras podem andar apoiadas nos dedos dos pés.
Paralisia cerebral infantil atetoide
O tipo atetoide ocorre em, aproximadamente, 20% das crianças diagnosticadas com paralisia cerebral infantil. Nesses casos os braços, pernas e corpo movem-se espontaneamente de maneira lenta e involuntária. Emoções fortes agravam os movimentos e o sono faz com que eles desapareçam.
As crianças com esse tipo de paralisia cerebral infantil têm dificuldades na articulação das palavras. Se a causa for querníctero, as crianças afetadas são frequentemente surdas e têm dificuldade em olhar para cima.
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