quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Médico preso por abuso sexual de pacientes em SP é investigado por mais cinco estupros em Pernambuco

 O médico preso por abuso sexual em Suzano, em São Paulo, responde por pelo menos outros cinco estupros, em Pernambuco. De acordo com a Polícia Civil, no Recife, há quatro inquéritos contra José Adagmar Pereira de Moraes, de 41 anos. Esses procedimentos são referentes a cinco mulheres que, em 2018, denunciaram ter sido vítimas do mesmo homem (veja vídeo acima).

O ginecologista e obstetra José Adagmar foi preso no dia 5 de outubro, em Suzano. Denúncias apontam que ele cometia os crimes dentro do consultório.

Na capital pernambucana, ele chegou a atuar no Serviço de Apoio à Mulher Vítima de Violência Wilma Lessa, no Hospital Agamenon Magalhães (HAM), Zona Norte, onde ocorreram alguns dos abusos.

Segundo a polícia pernambucana, os inquéritos foram remetidos à Justiça em 2018. Na época, os casos estavam com a delegada Ana Elisa Sobreira. Ela atuava como delegada na 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, em Santo Amaro, no Centro da cidade.

Médico ginecologista José Adagmar Pereira de Moraes preso em Suzano por suspeita de estupro — Foto: Reprodução/TV Diário

Médico ginecologista José Adagmar Pereira de Moraes preso em Suzano por suspeita de estupro — Foto: Reprodução/TV Diário

Nos procedimentos citados, o homem foi indiciado por violação sexual mediante fraude. Esse tipo de crime ocorre quando alguém pratica um ato libidinoso com alguém por algum meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima. Nos casos citados, isso ocorria devido à condição de médico do acusado, que utilizava a profissão para cometer os abusos.

Ao G1, o Tribunal de Justiça de Pernambuco afirmou que um dos processos contra José Adagmar Pereira de Moraes tramita na 12ª Vara Criminal da Capital, mas não soube informar o andamento dele nem dos outros que correm no Judiciário.

O tribunal informou, também, que é possível que as outras ações judiciais corram em segredo de justiça, o que impede a divulgação de dados. A reportagem também pediu informações sobre o processo ao Ministério Público de Pernambuco, que não respondeu até a última atualização desta reportagem.

Histórico

De acordo com a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE), José Adagmar passou em um concurso público para a rede estadual e foi lotado no Hospital Agamenon Magalhães em agosto de 2015, atuando como obstetra na maternidade. Numa seleção interna, ele foi transferido para o Serviço de Apoio à Mulher Vítima de Violência Wilma Lessa, vinculado à unidade, em 2017.

Sem dar qualquer explicação à direção do hospital, o médico, já denunciado pelas cinco mulheres na capital pernambucana, deixou de comparecer ao serviço em janeiro de 2019. Foi instaurado, então, um processo administrativo contra o servidor, por abandono de cargo. Esse processo segue em andamento.

Depois disso, o médico viajou para São Paulo, onde fez um novo cadastro no Conselho Regional de Medicina (CRM), entrou para a lista de conveniados de um plano de saúde, e seguiu atendendo pacientes em Suzano e na capital paulista.

G1 entrou em contato com o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), para saber se o órgão teve conhecimento dos procedimentos contra o médico, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

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