terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Revoltado, prefeito diz que governo Dilma está quebrando as pequenas Prefeituras


O prefeito Tintin (foto), de Aguiar, é um crítico ardoroso do modelo de política fiscal e econômica adotado pelo Governo Federal, que, segundo ele, penaliza das pequenas Prefeituras, a exemplo dos municípios do Vale, cuja principal receita é o FPM (Fundo de Participação dos Municípios). "Mas o FPM acumula muitas perdas e a coisa piora a cada mês", lamentou o gestor municipal.

Conforme Tintin, seu município perdeu cerca de 297 mil reais do ano passado para cá, havendo comprometimento à saúde financeiras da Prefeitura, que tem funcionários e fornecedores para pagar, ao mesmo tempo que precisa de recursos para investimento em ações e obras em benefício da população, principal prejudicada pela escassez dos recursos.

De acordo com o gestor, para aumentar o consumo e, consequentemente favorecer a grande indústria, o Governo Federal tem desonerado vários produtos industriais, e a conta dessa isenção ou redução de IPI (Imposto sobre Produção Industrial) quem está pagando são os pequenos municípios, segundo ele.

Como o IPI é o principal tributo na formação do FPM, a redução ou isenção desse imposto compromete diretamente a arrecadação municipal. Para o prefeito, é lamentável que o governo queira evitar o desemprego nas grandes indústrias transferindo o problema para os pequenos municípios nordestinos, que não têm força política nem espaço na grande mídia para mostrar a difícil realidade municipal que, conforme o gestor, grande parte da população brasileira desconhece pela intenção do próprio governo de esconder essa verdade. 

Tintin reitera que esse modelo de política econômica, que visa fazer crescer a economia a partir da desoneração tributária, é injusto e insustentável porque favorece apenas o grande capital, ficando a conta nas costas dos entes federativos mais fracos, que são os municípios.

Conforme ainda o prefeito aguiaense, esse modelo econômico vem desde o governo Lula e sempre foi utilizado como instrumento para retirar a crise dos grandes centros urbanos e transferi-la para os rincões do país, onde os olhos da mídia e da opinião pública internacional não alcançam. "O governo fica distribuindo migalhas com os municípios para parecer que está compensando as perdas, mas isso não é verdade", lamentou.

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