Mineirão é reprovado no primeiro jogo do Brasil em estádio de 2014…

Os problemas dos torcedores que assistiram ao empate entre as seleções brasileira e chilena não se resumiram à má qualidade apresentada pelo time de Felipão.

No segundo evento-teste do Mineirão — o primeiro tinha sido na vitória do Cruzeiro sobre o Atlético-MG ( 2 a 1), em 3 de fevereiro —, houve transtornos dentro e fora do estádio. Primeiro, com engarrafamento no entorno, levando muita gente a chegar com o jogo já iniciado. Segundo, para encontrar o assento certo nos lugares demarcados. …

O caos no trânsito não foi causado pelo fluxo de carros, mas pelas barreiras montadas pela PM a 600 metros do estádio e por uma manifestação de professores da Universidade Federal de Minas Gerais que, praticamente, bloqueou a passagem pela Avenida Antônio Carlos, umas das vias de acesso mais usadas pelos torcedores. O ônibus que levava a seleção brasileira teve de buscar alternativas em ruas próximas para chegar ao estádio.

Continua…

Muita gente entrou no estádio em cima da hora, por causa de filas longas. Havia 196 voluntários — na Copa das Confederações, serão mais de 600. Houve outro problema: encontrar o lugar certo, já que as cadeiras são numeradas. A maior complicação se deu pelo fato de muitos ingressos, por falha de impressão, não terem numeração. Houve casos até de bilhetes com numeração igual, o que causou desentendimentos. Em muitos casos, houve necessidade de intervenção de policiais militares.

Para os organizadores do evento-teste, o resultado foi positivo como aprendizado e experiência para a Copa das Confederações, de 15 a 30 de junho. Ricardo Trade, principal executivo do Comitê Organizador Local, afirmou que o momento é de falhas.

— Para nós, esté é o melhor dos mundos. Esses problemas são a melhor coisa que poderia acontecer. Servem de aprendizado — disse Trade.

Sobre os problemas de lugares marcados, disse que é uma nova cultura nos estádios brasileiros:

— É um processo de educação mesmo. Claro que não se consegue isso da noite para o dia, é um processo, mas é um processo que a Copa do Mundo pode trazer para a melhora do futebol.

Em nota divulgada quinta-feira, o COL informou que avaliou 14 áreas operacionais como muito positivas e reiterou que “há espaço para evoluir e que os eventos-teste são fundamentais para garantir a adaptação à nova cultura em serviços ao espectador”. As 14 áreas operacionais foram: “limpeza, serviço ao espectador, catering, competições, tecnologia de informação, protocolo, operações de imprensa, transporte, broadcasting, voluntários, segurança, credenciamento, logística e atendimento médico”.

Ontem, o Ministério Público de Minas estipulou prazos para que os estádios Independência e Mineirão se adaptem para receberem pessoas com necessidades especiais.

O Globo