O impacto causado pelas manchas de óleo no litoral nordestino vai durar décadas nos ecossistemas atingidos pelo desastre ambiental, de acordo com biólogos. Os especialistas apontam que haverá prejuízo para espécies marinhas, para toda a cadeia alimentar e para os seres humanos.
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Nesta terça-feira (22), o professor Clemente Coelho Junior, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Pernambuco (UPE), explicou que os impactos causados ao meio ambiente podem ser divididos em dois grupos.
Segundo ele, há o impacto agudo, como o recobrimento de praias, arrecifes, mangues, áreas consolidadas, além de solos rochosos, que são "extremamente difíceis de serem limpos". Assim, afirma o doutor, são criadas zonas mortas "que nunca serão recuperadas".
Clemente Coelho Júnior diz, ainda, que existe o impacto crônico, que não é observado pela população. "As praias estão sendo limpas, mas nem sempre a limpeza é 100%. Os fragmentos se decompõem e há moléculas nocivas ao ecossistema e à fauna. Elas impactam na cadeia alimentar e no ser humano. Isso perpetua durante décadas”, afirmou.
Ainda de acordo com o especialista, os animais mais vulneráveis a serem afetados pelas manchas de óleo no litoral são as tartarugas e as aves.
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