segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Criança foi vítima de bala perdida durante fuga no Complexo do Curado

Projétil, que ficou alojado na altura do ombro, foi retirado. Criança não corre mais perigo / Felipe Vieira/JC

Projétil, que ficou alojado na altura do ombro, foi retirado. Criança não corre mais perigo

Felipe Vieira/JC


Uma criança de 12 anos por pouco não morreu por causa do confronto entre presos, agentes penitenciários e policias, na tarde do sábado (23). V.L.P. estava com os pais no Cemitério Parque da Flores acompanhando o sepultamento de uma parente. Por volta de 14h, foi atingido no braço por um disparo oriundo da confusão no momento da fuga. Levado ao Hospital Otávio de Freitas, no bairro do Sancho, Zona Oeste da cidade, ele foi submetido a uma cirurgia para retirar o projétil, que ficou alojado na altura do ombro. Ele está fora de perigo, mas ainda não tem previsão de alta.
“Foi um susto muito grande. Eu tinha escutado a explosão e depois vieram os tiros. Quando olhei para o lado, vi meu filho gritando que tinha sido atingido no braço”, diz o pai do garoto, o servidor público aposentado. O próprio menino explica o que sentiu. “É como se a gente tomasse um choque, mas a dor é bem maior. Assusta bastante”. A família afirma que vai acionar o Estado. “A bala é de pistola .40 (calibre utilizado pelas polícias e agentes penitenciários de Pernambuco). Foi sorte meu filho não ter morrido”, afirma o pai do estudante.
Nas ruas do entorno do Complexo do Curado, os moradores não conseguiam disfarçar o pânico depois da maior fuga já ocorrida no local. Sob anonimato, muitos concordaram em relatar os momentos de terror vividos na tarde do sábado. “A explosão foi tão forte que derrubou uma porta e quebrou duas janelas da minha casa. Depois vi vários presos passando correndo pelo meu portão. Não tive tempo de fechar a grade: apenas peguei uma picareta e fiquei esperando. Acertaria o primeiro que pisasse na minha casa”, conta um morador da Rua Luiz Paes de Andrade, por onde passou a maior parte dos fugitivos.
O comerciante João Lira, também morador da rua, chegou a brincar com a situação. “Parecia um bloco de Carnaval: todos andando juntos. Fechei o portão da minha casa e fiquei torcendo para nenhum deles entrar”, relata. As circunstâncias em que ocorreu a fuga do Complexo do Curado estão sendo investigadas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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