terça-feira, 18 de março de 2014

ELEIÇÕES ESTADUAIS E FEDERAIS NO PERÍODO BOCA PRETA

Por Marcos Pontes

Depois da nossa saga pelas eleições municipais, vamos dividir em duas retrospectivas a história das eleições estaduais e nacionais em nosso município. Nesta primeira etapa, vamos compreender o período em que o AZUL esteve a frente da administração, com Jânio Arruda e Erivaldo Araújo se revezando no comando da prefeitura. Em 1989, existiu apenas a eleição presidencial, eleição esta que precisou de um 2º turno para definir o vencedor e que foi a 1ª eleição direta depois do fim do regime miltar em nosso país. Muitos foram os candidatos, mas apenas dois poderiam chegar ao 2º turno. Então, Collor e Lula foram para essa disputa, tendo sido eleito Fernando Collor de Melo para um mandato de cinco anos, o último com esse tempo de duração. Em nosso município, Collor também venceu com larga margem de vantagem e como todos sabem, não chegou ao fim de seu mandato, sendo substituído pelo vice Itamar Franco, o criador do Plano Real. 
Oseas Moraes ( Dep. Estadual ), Zé Queroz ( Senador ) , Miguel Arraes ( Dep. Federal ) .
No ano seguinte, em 1990, Joaquim Francisco era eleito governador de Pernambuco, derrotando Jarbas Vasconcelos; no Senado, saiu-se vitorioso Marco Maciel com uma pequena vantagem sobre Zé Queiroz. Para deputado federal, os mais votados em nosso município foram Maviel Cavalcante e Wilson Campos; e, para deputado estadual, Eduardo Araújo e Oséas Moraes foram os mais votados e também eleitos. 
Arraes com seu candidato ao Governo do Estado Jarbas Vasconcelos em 1990
O detalhe deste pleito é que Jarbas Vasconcelos era CALABAR e Eduardo Araújo, pai do atual deputado federal Bruno Araújo, era BOCA-PRETA. Essas são as voltas que o mundo dá, mas que não foram as únicas como veremos adiante. Nesta, portanto, o BOCA-PRETA fez barba, cabelo, bigode, como já tinha feito elegendo Collor, pois o calabar votou Lula. Quatro anos depois, em 1994, Fernando Henrique Cardoso era eleito presidente da República derrotando Lula; Miguel Arraes voltou ao governo de Pernambuco, aplicando uma surra em José Múcio; para o Senado, foram eleitos Carlos Wilson (agora contra Arraes) e Roberto Freire (que depois virou adversário). Os mais votados por aqui foram FHC para presidente (BOCA-PRETA), Arraes governador (CALABAR), e no senado Carlos Wilson (agora BOCA-PRETA) e Armando Monteiro (CALABAR, mas que não se elegeu). A eleição de deputado é um capítulo a parte, pois para federal o BOCA-PRETA fez de Roberto Fontes o mais votado do município, enquanto o atual governador de Pernambuco Eduardo Campos foi eleito também com os votos do CALABAR.
Foto : Google , Eleições de Deputado de 1994.
 Por fim, a parte mais interessante: o CALABAR ajudou a reeleger o deputado estadual Oséas Moraes, pai do atual deputado CALABAR Diogo Moraes, mas o mais votado no município foi Jânio Arruda que, depois de um mandato a frente da prefeitura, tentou eleger-se deputado estadual e ficou na 3ª suplência, ficando a quase 2000 votos de ser eleito, mesmo com uma "PASSEATA DA VITÓRIA" que foi realizada e depois virou motivo de chacota e comemoração do CALABAR. Finalizando a época do AZUL, tivemos as eleições de 1998, onde FHC foi reeleito para mais um mandato de presidente, graças à instituição da reeleição, derrotando Lula de novo; Jarbas Vanconcelos, agora adversário, derrotou Arraes, que tentava a reeleição, por mais de um milhão de votos e ajudou a eleger para o Senado José Jorge, que derrotou Humberto Costa. Para deputado federal, o BOCA-PRETA ajudava a ajudar André de Paula pela 1ª vez, enquanto o calabar ajudava a reeleger Eduardo Campos. Por fim, na disputa para deputado estadual, surgiu uma luz no fim do túnel para o CALABAR acreditar que poderia vencer a eleição para prefeito em 2000, como de fato aconteceu, pois o mais votado em nosso município foi Coronel Rufino, candidato do AZUL, mas a soma dos dois candidatos apoiados pelo VERMELHO, José Augusto Maia e Edson Vieira (na época CALABAR) e que não foram eleitos, foi maior que a votação do Coronel Rufino. Também bem votado foi Augustinho Rufino, na época apoiado por Gilson Carlos, Zé Viola e outros amigos de forma independente, mas que subiu no palanque CALABAR em 2000. Esta foi a penúltima vitória do BOCA-PRETA, que sentiriam o gosto da última vitória sobre o Calabar em 2002, com André de Paula, como veremos na próxima. Até lá e um abraço.

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