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Corrupção
Depois
de duas décadas,
o sonho de aniquilamento da corrupção não passou de uma grande ilusão.
Lembro-me assistindo os caras pintadas pela televisão á vinte anos atrás ao
lado do meu pai, naquele momento assistimos juntos toda a movimentação para a derrubada de
Collor, a Câmara dos Deputados autorizava a abertura do
processo do impeachment contra o presidente, episódio que culminaria da
renúncia do então presidente da República. A queda de Collor foi
convenientemente saudada como o início de uma era de consolidação da democracia
brasileira, uma era em que a corrupção não significasse talvez sua
característica principal.
Infelizmente, o prognóstico não se confirmou. Longe disso, é possível que o afastamento de Collor tenha sido mais eficiente para que as práticas de corrupção tenham se tornado mais sofisticadas. O erro quando Collor deixou o Palácio do Planalto foi personalizar a conduta criminosa na utilização do dinheiro público, imaginar que a retirada de cena de somente um personagem seria a panaceia no combate à corrupção.
A falha principal está no sistema que propicia o surgimento e manutenção de práticas de corrupção.
O próprio Collor é exemplo dos desafios do caminho a ser trilhado. Neste momento Collor é senador e no estado de Alagoas ainda tem grande influência política e de articulação.
Infelizmente, o prognóstico não se confirmou. Longe disso, é possível que o afastamento de Collor tenha sido mais eficiente para que as práticas de corrupção tenham se tornado mais sofisticadas. O erro quando Collor deixou o Palácio do Planalto foi personalizar a conduta criminosa na utilização do dinheiro público, imaginar que a retirada de cena de somente um personagem seria a panaceia no combate à corrupção.
A falha principal está no sistema que propicia o surgimento e manutenção de práticas de corrupção.
O próprio Collor é exemplo dos desafios do caminho a ser trilhado. Neste momento Collor é senador e no estado de Alagoas ainda tem grande influência política e de articulação.
O caso do mensalão que Lula não sabia de “nada” foi um exemplo de devastação e
desrespeito com o dinheiro do povo, e um escândalo muito pior do que o que
levou Collor a saída do governo, e uma coisa incomum entre os dois é que mesmo
depois dos escândalos eles acharam quem continuasse os apoiando e os venerando,
com uma grande diferença Lula foi mais articulador e soube sair do meio do
paredão, já Collor achou que nunca sairia do Governo e não quis fazer articulações
para dar um “abafa” no caso.
Políticos ou administradores públicos flagrados em corrupção ainda costumam enfrentar as acusações como "hipocrisia": o cinismo e a disseminação das ilicitudes são tamanhos que os corruptos denunciados não "entendem" a tentativa de moralização, afinal, nenhum deles praticaria atos de corrupção. Cadeia, então, é uma impossibilidade.
Neste período pré-eleitoral, muitas campanhas mostram um vigor econômico cujas origens dificilmente serão apresentadas à Justiça Eleitoral no momento da prestação de contas. Financiamento irregular, brotam as futuras práticas de corrupção. É evidente que a eliminação total de práticas corruptas é uma utopia - mesmo em nações desenvolvidas são freqüentes, embora longe de causar tantos danos à sociedade como ocorre em países do chamado Terceiro Mundo -, mas o Brasil já perdeu tempo demais.
O financiamento público das campanhas eleitorais poderia ser uma saída eficiente. Assim como modificações legais que permitissem punições efetivas contra corruptos. Já que cadeia parece tão implausível, que pelo menos seja determinada a eliminação definitiva da vida pública dos autores de atos de corrupção. Ou poderá se completar 30, 50 anos da queda de Collor e a esperança de dias melhores no combate à corrupção não passará de ilusão.
Políticos ou administradores públicos flagrados em corrupção ainda costumam enfrentar as acusações como "hipocrisia": o cinismo e a disseminação das ilicitudes são tamanhos que os corruptos denunciados não "entendem" a tentativa de moralização, afinal, nenhum deles praticaria atos de corrupção. Cadeia, então, é uma impossibilidade.
Neste período pré-eleitoral, muitas campanhas mostram um vigor econômico cujas origens dificilmente serão apresentadas à Justiça Eleitoral no momento da prestação de contas. Financiamento irregular, brotam as futuras práticas de corrupção. É evidente que a eliminação total de práticas corruptas é uma utopia - mesmo em nações desenvolvidas são freqüentes, embora longe de causar tantos danos à sociedade como ocorre em países do chamado Terceiro Mundo -, mas o Brasil já perdeu tempo demais.
O financiamento público das campanhas eleitorais poderia ser uma saída eficiente. Assim como modificações legais que permitissem punições efetivas contra corruptos. Já que cadeia parece tão implausível, que pelo menos seja determinada a eliminação definitiva da vida pública dos autores de atos de corrupção. Ou poderá se completar 30, 50 anos da queda de Collor e a esperança de dias melhores no combate à corrupção não passará de ilusão.
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